
CPI do ‘Professor Monstro’: Marcia Baldini deu falso testemunho?
Ao todo, nove pessoas foram interrogadas, deixando claras diversas dúvidas e pontos controversos acerca da condução do PAD (Processo Administrativo Disciplinar)....
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Por Katiane Fermino

Nesta quarta-feira (20), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito )que investiga possíveis irregularidades no processo relacionado a um caso de abuso sexual cometido contra uma criança por um servidor público em um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) de Cascavel realizou oitivas durante todo o dia.
Ao todo, nove pessoas foram interrogadas, deixando claras diversas dúvidas e pontos controversos acerca da condução do PAD (Processo Administrativo Disciplinar).
Segundo Everton Guimarães (PMB), um dos membros da CPI, ficou evidente que houve negligência por parte da comissão responsável pelo PAD.
“No final aqui já caiu por terra isso, porque a pessoa que veio aqui falar agora que presidiu, presidiu não, mas que estava também junto à frente do PAD, que demorou apenas 4 meses, também não tinha conhecimento jurídico, não era advogado, não tinha curso de direito, e resolveu em 4 meses, porque realmente quando você pega lá todo o processo, você vê os depoimentos, não tem como você não saber o que fazer, e se ela não sabia o que fazer, ela devia ter declinado, então ficou comprovado que houve uma negligência muito grande dentro do processo administrativo, dentro da primeira comissão que apurou o PAD”
Everton Guimarães (PMB)
Também foi questionado ao Everton o motivo da convocação de Vanilse, Tiago, Laura e Thales, que serão interrogados na próxima semana pela CPI.
“Essas pessoas foram quem estavam assessorando na época e quem levavam para o prefeito esse processo administrativo à prorrogação, então eles que levavam à prorrogação, eles que conversavam com o senhor Cletírio, então possivelmente eles sabiam do processo administrativo também, e eles que levavam, que despachavam com o prefeito na época, essas 18 prorrogações”
Everton Guimarães (PMB)
Questionado sobre as razões para a demora na conclusão do processo, Everton destacou uma série de erros e negligências:
“É possível avaliar, por uma série de erros, de negligências dentro do processo administrativo, uma pessoa guardou dentro da gaveta o processo, não fez nada, 18 prorrogações de prazo, o senhor secretário Cletírio não tinha conhecimento nenhum do processo, como é que não olha o processo? Se é ele que até antes da legislação mudar, ele que poderia pedir a suspensão da pessoa que fosse atrapalhando o processo ou não, ele não pedia até porque ele nem conhecia o processo, então diversos erros dentro da secretaria. Acabamos de ouvir a senhora Clary, que fez o IPS, muito bem feito, disse antes da troca de legislação, quem pedia o afastamento era o secretário, o secretário ou a secretária, Márcia Baldini, não pediu o afastamento, quem tinha que pedir era ela, isso ficou claro hoje aqui também”.
Everton Guimarães (PMB)
Marcia Baldini deu falso testemunho?
Outro ponto levantado foi a possibilidade de falso testemunho por parte de Marcia Baldini, que durante seu depoimento da manhã alegou que não tinha registro formal, mas que havia relatado ao controlador sobre a gravidade do caso. Já no período da tarde, o controlador afirmou que não houve essa conversa, na sequência ela foi chamada novamente para esclarecer sua fala, mas alegou que ela havia levado vários processos e junto esse de abuso gravíssimo, os vereadores enxergaram uma possível destoância que será analisada. O Dr. Lauri (MDB), também integrante da CPI, afirmou:
“Precisamos apurar se ela prestou um falso testemunho, se ela prestou a comprovação legal e a comissão vai se reunir e vai decidir, se entendermos que ela prestou um falso testemunho, nós vamos fazer um enquadramento e as recomendações que couberem à comissão parlamentar de inquérito”
Dr. Lauri (MDB)
Sobre a possibilidade de novas convocações, Everton declarou que vai depender das próximas oitivas, nas que sim, poderão convocar novas pessoas.
As investigações seguem, com a expectativa de novos depoimentos e possíveis desdobramentos diante das evidências de falhas e omissões no processo administrativo.
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