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‘Professor Monstro’: Mãe da vítima afirma que são quase cinco crianças abusadas

Mariana Kalschne, mãe de uma das crianças supostamente vítimas do servidor, esteve presente à sessão da CPI e fez questão de se manifestar à imprensa. Em...

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Por Katiane Fermino

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Na tarde desta sexta-feira (15), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga possíveis irregularidades no processo de apuração de assédio sexual cometido por um servidor público em um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) do bairro Interlagos realizou mais uma sessão. O caso, que envolve denúncias graves, tem mobilizado familiares, autoridades e a comunidade escolar.

Mariana Kalschne, mãe de uma das crianças supostamente vítimas do servidor, esteve presente à sessão da CPI e fez questão de se manifestar à imprensa. Em seu relato, Mariana demonstrou insatisfação com o andamento das investigações e com a seleção das pessoas ouvidas pela comissão.

“Eu esperava que algumas pessoas fossem chamadas, né? A gente viu aí que foi citado zeladoras terceirizadas que teve violação, né? E profissionais que também sofriam abusos. Então, eu acho que seriam peças ideais, esperava mais. Eu acho que focaram muito em um CMEI só e deixaram de chamarem vítimas que também sofreram isso”

Mariana Kalschne

A mãe também cobrou responsabilidade do prefeito no processo.

“E eu espero, sim, que também o prefeito se responsabilize por isso. Ele tinha consentimento e ele tem que ser chamado. Então, a gente não pode jogar só na SEMED (Secretaria Municipal de Educação) porque quem responde pela SEMED é o prefeito”

Mariana Kalschne

Sobre o andamento da CPI, Mariana avaliou que o processo está progredindo de forma satisfatória.

“Mas, sim, ela está caminhando bem e até rápido. Sabemos aí que quarta-feira pode ser a última oitiva”

Mariana Kalschne

Questionada sobre a expectativa em relação ao depoimento da secretária de Educação, Márcia Baldini, previsto para a próxima quarta-feira, Mariana destacou a importância desse momento.

“Olha, demorou, né? É a pessoa-chave que a gente mais esperava. Então, sim, a gente espera e vai ser essencial pra gente já saber o que a gente sabe. Mas a gente precisa ter essa afirmação.”

Mariana Kalschne

Mariana também comentou sobre possíveis contradições nos depoimentos de professores e servidores.

“Muitas. ‘Não sei’, ‘não me lembro’, ‘não me recordo’. Então, a gente faz um juramento que a gente vai usar toda a verdade. E eu acho que faltou muito, porque não sei se é a gente passando, mas eu, como mãe, eu me lembro exatamente de onde começou, quem me ouviu, aonde eu fui e o que eu fiz. Então, é impossível você trabalhar há anos. Tem pessoas que trabalharam aí quase 10 anos, 8 anos, e elas não se recordaram ou não têm nenhuma informação. É impossível a gente trabalhar num âmbito de 10, 20 pessoas e a gente não ter acesso a essas informações. Então, sim, falta a verdade e esperamos que se resolva.”

Mariana Kalschne

Sobre a possibilidade de existirem outras vítimas, Mariana confirmou a existência de mais investigações, inclusive envolvendo outros alunos e funcionários terceirizados.

“Sim, inclusive tem uma mãe que ela foi testemunha do meu processo. E foi um aluno da mesma sala. Então, sabe-se sim, tenho provas, só que isso é tudo judicial. Como segue em segredo de justiça, a gente não pode fornecer isso. Isso fica a critério da CPI, não sei como se trabalha para estar solicitando. E, sim, existe mais investigação desde 2022, que deu início, que está em investigação. Do mesmo agente de apoio, desde 2019. Então, somos aí quase cinco que estão em investigação. Fora os funcionários terceirizados, mulheres e homens que foram abusados por ele. Porque o abuso hoje não é só a penetração. Hoje tem várias formas e tem violação.”

Mariana Kalschne

A CPI segue com os trabalhos e a expectativa é de que as próximas oitivas possam trazer novos esclarecimentos sobre o caso.

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