
CPI do “Professor Monstro”: Vereador defende imprensa e exige justiça rápida e transparente
“Primeiramente, eu quero dirigir diretamente ao senhor, vereador Xavier, e dizer que nós defendemos a imprensa livre. Existem provas listas e listas legais e legais. Qualquer...

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Por Silmara Santos
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Na sessão da Câmara de Vereadores de Cascavel, desta segunda-feira (09), o vereador Doutor Lauri (MDB) defendeu a importância da imprensa livre e abordou a polêmica envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do caso conhecido como “Professor Monstro”.
“Primeiramente, eu quero dirigir diretamente ao senhor, vereador Xavier, e dizer que nós defendemos a imprensa livre. Existem provas listas e listas legais e legais. Qualquer um pode gravar o senhor, inclusive, sem lhe avisar. Isso vale como prova ilegal para o juízo, não é uma prova lista. Não precisa avisar ao servidor, ele é que não tem que falar bobagem. Correta a atitude da imprensa, imprensa livre. A imprensa, quando me formei, eu aprendi que era o quarto poder. Hoje eu vejo que a imprensa é o primeiro poder que faz a formação de opinião. Respeito total à imprensa e às manifestações da imprensa”.
Durante seu discurso, o vereador criticou duramente o vereador Fão (PL) por suas declarações polêmicas e falta de respeito aos advogados. Doutor Lauri reiterou que todos têm direito à defesa, conforme previsto na Constituição Federal, e criticou a postura de Fão, que sugeriu que os advogados não deveriam defender pessoas acusadas de crimes de receptação.
“Não compreendo você, vereador Fão, que tanto ataca o presidente Lula e a sugestão e anuncia minha casa, minha vida. Eu nunca vi aqui o senhor anunciar a casa verde e amarela defendida pelo governo Bolsonaro, que tanto fala em Constituição Federal, que fala nas quatro linhas da Constituição Federal e hoje vilipendiou esse advogado e desrespeitou os advogados de forma geral, pedindo aqui, publicamente, para que os advogados não defendam pessoas que praticarem crimes de receptação. Vereador Fão, eu não quero lhe ensinar nada, porque nem eu sei das coisas, só sei que nada sei, disse um dos maiores filósofos da história da humanidade. Mas está previsto na Constituição Federal que todas as pessoas têm direito à defesa”.
A discussão se intensificou quando Doutor Lauri leu uma carta aberta das mães da cidade, datada de 8 de junho de 2025. A carta expressava profunda preocupação com o número crescente de casos de abuso sexual envolvendo crianças na cidade, e criticava a lentidão nas investigações.
Desde 2019, pelo menos 12 Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram instaurados na rede municipal de ensino, cinco deles envolvendo diretamente crianças. Os casos mais graves incluem abuso sexual contra vulneráveis e assédio a alunos. O caso mais perturbador, conhecido como “Professor Monstro”, levou 1.366 dias para ser concluído, muito além do limite legal de 120 dias.
Os pais e mães da cidade pedem uma CPI ampla, séria e transparente para investigar todos os casos desde 2016. Eles também pedem que o prefeito Renato Silva se comprometa com a verdade e que o Ministério Público atue com firmeza para proteger a infância e responsabilizar os culpados.
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