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‘Ela deixou o processo guardado na gaveta’ alega servidora em CPI do “Professor Monstro”

Foram interrogados o Controlador, a Corregedora Municipal e investigadora da Instrução Preliminar Sumária na época, a encarregada do Setor Designado da CGM (Controladoria Geral do Município)...

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Por Katiane Fermino

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Na tarde desta quarta-feira (20), ocorreu o desfecho do dia da sessão da CPI que investiga possíveis irregularidades no processo relacionado a um caso de abuso sexual cometido contra uma criança por um servidor público em um CMEI de Cascavel.

Foram interrogados o Controlador, a Corregedora Municipal e investigadora da Instrução Preliminar Sumária na época, a encarregada do Setor Designado da CGM (Controladoria Geral do Município) do setor Processo Administrativo Disciplinar, a Assistente Social que é Coordenadora de Programas da CGM na Divisão de Ouvidoria e o agente Administrativo encarregado de Setor Designado – SEPLAG (Secretaria Municipal de planejamento e gestão) do setor de Gestão de Carreiras.

O procurador foi interrogado sobre a demora do caso e alegou que faltava funcionários e estavam sobrecarregados. A mesa perguntou em quantos eles eram e a resposta foi dada de forma sarcástica:

“Chuta! Hoje somos três pessoas fazendo processos administrativos”

Controlador

Os vereadores alegaram para o procurador que o agente de apoio continuou em sala de aula, e a secretaria Márcia informou de que seria responsabilidade da controladoria entender a gravidade e extinguir o contato dele com crianças. Perguntaram se essa função seria dele.

“O afastamento até 2022, era o prefeito em 30 dias, depois disso 45+45 se ele estiver atrapalhando o processo. Podemos atender se a secretaria pedir, mas não foi me pedido.”

Controlador

Os parlamentares ainda perguntaram se era de conhecimento do controlador que a servidora responsável pelo processo não havia feito nada e ele respondeu que sabia porque ela tinha insegurança.

A segunda entrevistada foi uma servidora que assumiu o PAD (Processo Administrativo Disciplinar) e finalizou ele em quatro meses. Os vereadores perguntaram se foi inconsistência da servidora anterior e ela respondeu de forma clara.

“Sim, ela não tem conhecimento jurídico. O processo do PAD é muito complexo para quem não tem conhecimento jurídico”. Os vereadores perguntaram quem praticou negligência e ela disse: “A servidora – anterior -, ela deixou o processo guardado na gaveta, ela não tinha conhecimento jurídico para tocar um PAD”

Servidora

Ela ainda esclareceu que há época, a única pessoa que poderia afastar o acusado seria o prefeito com um pedido da secretaria.

Na sequência outra servidora que auxiliou o PAD finalizado em quatro meses depôs, ela disse que assim que chegou para eles foi pedido prioridade no caso por parte do controlador. Uma terceira servidora envolvida nesse PAD resolvido em quatro meses foi ouvida e ela afirmou que não tinham motivos de esperar o julgamento jurídico acabar, para finalizar o administrativo. Que foi o que a servidora acusada de negligência fez.

“Não – não precisava do Nucria para terminar o processo administrativo-, estamos falando de processos distintos. Se ficarmos dependendo de outras esferas, o município precisa que seja resolvido, não dependemos de ninguém.”

Servidora

No período da manhã a servidora que ficou anos com o PAD, alegou que não tinha conhecimento sobre a função, que foi a primeira portaria que fez e que ainda o município não fornecia capacitação. Essa terceira funcionária disse que também não sabia como fazer sua nova função quando foi transferida, mas que quando um servidor é realocado, ele precisa correr atrás de aprender.

“Quando você assume um serviço público, você tem que se capacitar para aquela função”

Servidora

Para finalizar, foi interrogado um servidor que ficou cerca de um mês no processo, logo antes dele ser finalizado em outubro de 2024 e ter como resultado a prisão de 30 anos do acusado. Perguntaram para ele se sempre era avisado de que faria parte da comissão daquele ou de qualquer outro PAD, porque aparentemente, a servidora que foi interrogada de manhã e estava responsável pelo processo lá no inicio, não avisou as pessoas que elas fariam parte de um PAD.

“Vem uma intimação para que eu fique ciente e para dali três dias já ter a oitiva e me organizar. É protocolo”

Servidor

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