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Foto: Silmara Santos/ CGN

Câmara recebe relatório sobre demora no afastamento do “Professor Monstro”

Durante a coletiva, Beth Leal explicou o contexto da investigação:...

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Por Silmara Santos

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Na tarde desta segunda-feira (02), a Câmara de Vereadores de Cascavel recebeu o relatório referente à sindicância que investigou a demora no afastamento do agente de apoio conhecido como “Professor Monstro”. A Secretária de Comunicação e Cultura de Cascavel, Beth Leal, entregou o documento ao presidente da Casa, Tiago Almeida (Republicanos), e aos demais vereadores, marcando o início da análise oficial do procedimento.

Durante a coletiva, Beth Leal explicou o contexto da investigação:

“Nós estamos aqui hoje para fazer um protocolo do relatório final da sindicância, solicitada por essa casa, especialmente por alguns vereadores, em relação ao fato do professor, na verdade não professor, agente de apoio, que esteve envolvido com a questão do abuso sexual e violência contra a criança. Mesmo diante dessas duas situações que definiram a exoneração e a condenação, essa casa solicitou que o município desse início a uma sindicância para averiguar a morosidade no processo.”

Beth Leal

Ela destacou ainda que o servidor começou a ser investigado em 2019, mas só foi afastado em novembro de 2024, sendo condenado a 30 anos de prisão em março de 2025. Beth reforçou o compromisso da administração com a transparência:

“O prefeito Renato Silva acatou prontamente a recomendação dos vereadores, e a comissão de sindicância concluiu seu trabalho na última sexta-feira, apresentando ao prefeito as recomendações. Agora, estamos protocolando esse relatório para que todos tenham acesso às ações tomadas.”

Beth Leal

O presidente Tiago Almeida afirmou que o relatório será lido na sessão desta terça-feira (02) na Câmara e que uma cópia será entregue a todos os vereadores:

“O relatório está em nossa mão, amanhã vai para a leitura e eu vou pedir uma cópia e entregar a todos os vereadores. Depois que for estudado, será avaliado se será aberta uma CPI. Para isso, é necessário o apoio de sete assinaturas.”

Tiago Almeida (Republicanos)

O vereador Everton Guimarães (PMB) também comentou sobre a possibilidade de abertura de uma CPI:

“Se houver relevância, com sete assinaturas ou mais, a CPI será aberta. Vamos aguardar a leitura do relatório e tomar uma decisão com base na análise do documento.”

Everton Guimarães (PMB)

Durante a coletiva, foram abordados temas como a morosidade do processo, a necessidade de acompanhamento mais próximo por parte das secretarias e as ações tomadas pelo Executivo para melhorar a fiscalização. Beth Leal destacou que o município não teve intenção de omitir informações e que todas as ações foram feitas com responsabilidade:

“A administração sempre buscou agir com lisura e transparência. Assim que tomamos conhecimento do caso, a prioridade foi agir rapidamente, inclusive com a exoneração do servidor e o encaminhamento ao Ministério Público.”

Beth Leal

Ela também explicou que, com a aprovação de uma nova legislação, o afastamento imediato de servidores envolvidos em casos de abuso sexual será possível, mesmo durante o andamento do processo administrativo.

“Antes, nossa legislação não permitia o afastamento imediato, mas agora, com a nova lei, essa medida será adotada para proteger as crianças e garantir agilidade na resposta.”

Beth Leal

A secretária disse ainda que será aberto um processo administrativo que vai investigar a servidora que esteve a frente do processo que investigou o caso na época para verificar a causa da demora na conclusão do processo.

Após a leitura do documento na Casa de Leis os vereadores devem decidir se será instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

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