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Imagem referente a Posição de corpos sugere que passageiros foram avisados sobre queda
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Posição de corpos sugere que passageiros foram avisados sobre queda

Segundo a perícia, muitos passageiros estavam com as mãos protegidas, indicando que assumiram uma posição de “brace” — com a cabeça entre os joelhos e os...

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Por Diego Cavalcante

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O diretor do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) de São Paulo, Maurício Freire, declarou nesta quinta-feira (15/8) que a posição dos corpos encontrados sugere que os passageiros do avião da VoePass podem ter sido alertados sobre a possibilidade de queda. Todos os 62 ocupantes da aeronave morreram no acidente ocorrido na última sexta-feira (9/8) em Vinhedo, interior de São Paulo.

Segundo a perícia, muitos passageiros estavam com as mãos protegidas, indicando que assumiram uma posição de “brace” — com a cabeça entre os joelhos e os braços em volta das pernas. Essa postura, que pode ter sido orientada pela tripulação ou adotada pelos próprios passageiros ao perceberem o perigo, pode reduzir o impacto em um pouso de emergência.

“De alguma maneira, e aí talvez o Cenipa possa vir a esclarecer esse ponto, grande parte das vítimas encontradas nesse caso estavam com as mãos preservadas. Isso ajudou muito, inclusive naqueles pouco carbonizados”, disse Freire.

“Eu não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência, ou se as pessoas perceberam com essa queda acentuada, mas muitos corpos estavam naquela posição, o que não aconteceu na Latam, porque eles estavam pousando normal e de repente a aeronave entrou no prédio. Então acho que isso é fundamental”, acrescentou o diretor do IIRGD.

Maurício Freire também esteve envolvido na identificação das 199 vítimas do acidente aéreo da TAM (atualmente Latam) em 2007. Naquela ocasião, um Airbus A320 que vinha de Porto Alegre tentou pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, mas atravessou a pista e colidiu com um prédio, explodindo em seguida.

Identificação das vítimas Freire falou à imprensa durante uma coletiva na Superintendência da Polícia Técnico-Científica em São Paulo, onde foi informado que as 62 vítimas do acidente com o avião da VoePass foram identificadas.

Os corpos das vítimas foram levados para o IML Centro, que foi fechado para outras ocorrências durante o processo.

“Os trabalhos periciais tiveram início na noite de sexta-feira e, mesmo em condições climáticas adversas, foram realizados de forma ininterrupta”, disse Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Científica. “No final da tarde de domingo, todos os corpos já tinham sido necropsiados, aguardando apenas identificação.”

Segundo Salomão, todas as vítimas foram identificadas por meio de exames papiloscópicos, odontológicos e antropológicos, dispensando a necessidade de exames de DNA.

Entre os métodos utilizados estavam a comparação de arcadas dentárias dos cadáveres e exames antropológicos, que consideram características físicas, como peso, altura, tatuagens e próteses.

De acordo com o diretor do IML, Vladimir Alves dos Reis, 40 corpos foram identificados por exame de papiloscopia, 15 por características físicas e sete por ambos os métodos.

Clima “caótico” O avião ATR-72 da VoePass que transportava as vítimas enfrentou condições meteorológicas altamente críticas por nove minutos antes da queda, segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis). As análises combinando imagens de satélite e radar indicaram que, entre 13h10 e 13h19, a aeronave reduziu a velocidade ao atravessar nuvens supercongeladas de até -40°C. O meteorologista Humberto Barbosa, fundador do Lapis, afirmou que a aeronave estava sob condições meteorológicas “caóticas”.

A Força Aérea Brasileira (FAB) relatou que, a partir das 13h21, a aeronave deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo e não declarou emergência ou relatou condições meteorológicas adversas.

Às 13h22, um minuto após o último contato registrado, a altitude da aeronave era de 1.250 metros, indicando uma queda de aproximadamente 4 mil metros. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou que o “Salvaero” foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada em um condomínio.

O relatório técnico preliminar da FAB sobre as possíveis causas do acidente deve ser concluído em 30 dias.

O Lapis identificou três possíveis fatores meteorológicos que podem ter contribuído para a queda: turbulência, formação de gelo, ciclone extratropical e fumaça de queimadas.

Com informações do Metrópoles

Mais 12 corpos serão transladados para Cascavel nesta sexta-feira

A Prefeitura de Cascavel recebeu a informação da Voepass, companhia área responsável pelos trâmites de translado das vítimas do acidente do voo 2283, que 12 corpos serão desembarcados no Aeroporto Regional de Cascavel nesta sexta-feira (16).

O transporte será realizado pela FAB (Força Aérea Brasileira) com a aeronave C-105 Amazonas com decolagem prevista para às 10h da BASP (Base Aérea de São Paulo).

As vítimas confirmadas são:

  • Mariana Belim;
  • ⁠Mauro Bedin;
  • ⁠Deonir Secco;
  • ⁠Miguel Arcanjo Júnior;
  • ⁠Lucas Camargo;
  • ⁠Adrielle Costa;
  • ⁠Raquel Moreira;
  • ⁠José Roberto Ferreira;
  • ⁠Sara Sera Langer;
  • Rosângela Maria Oliveira;
  • Gracinda Silva – que será encaminhada para Toledo;
  • Nelvio José – que será encaminhado para Toledo.

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