VoePass: parentes de vítimas têm acesso a relatório parcial do Cenipa
A reunião com os familiares está prevista para às 14h, na sede do Cenipa, em Brasília. A Voepass informou que vai providenciar o transporte até o...
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Por Diego Cavalcante
Por volta de 50 familiares das vítimas da queda do avião da VoePass se inscreveram para assistir à apresentação do relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) nesta sexta-feira (6/9), sobre a causa da queda da aeronave em 9 de agosto, em Vinhedo, no interior de São Paulo, matando 62 pessoas.
A reunião com os familiares está prevista para às 14h, na sede do Cenipa, em Brasília. A Voepass informou que vai providenciar o transporte até o local para os familiares. A divulgação para a imprensa deve ocorrer às 17h, também no Cenipa.
Outra investigação em andamento sobre as causas do acidente é a da Polícia Federal (PF). A equipe da PF aguarda laudos do Instituto Nacional de Criminalística e da Força Aérea Brasileira (FAB) para descobrir a causa da tragédia e indiciar eventuais responsáveis.
Pessoas ligadas à investigação, afirmam que ainda é prematuro falar em suspeitos, mas não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.
A PF vai analisar se a aeronave ATR 72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo estavam funcionando. Ex-funcionários da companhia aérea já relataram uma série de problemas em aeronaves da empresa, como o improviso de um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo.
Gravação da cabine
Técnicos do Cenipa já transcreveram duas horas de áudio do gravador de voz da cabine do avião ATR-72, que registraram o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva perguntando ao piloto Danilo Romano o que estava acontecendo ao perceber que o avião estava perdendo sustentação.
Na gravação, há o registro de que o copiloto disse, em seguida, que era preciso “dar potência”, em uma tentativa de estabilizar a aeronave e impedir a queda, o que não foi possível. As informações foram obtidas com exclusividade pela TV Globo.
Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo. Nesse intervalo de tempo, segundo os técnicos, o áudio registra que a tripulação tentou reagir. A gravação é finalizada com gritos e com o estrondo do choque da aeronave contra o chão.
De acordo com a FAB, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas.
Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura.
Às 13h22 – um minuto depois do horário do último registro –, a altitude estava em 1.250 metros, uma queda de aproximadamente 4 mil metros. Foi nesse minuto que a conversa registrada pela gravação entre os tripulantes aconteceu.
Segundo os investigadores, a análise preliminar dos dados indica que o ATR 72-500 perdeu altitude de forma repentina e que a análise do áudio da cabine, sozinha, não é capaz de cravar uma causa aparente para a queda.
Com informações do Metrópoles
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