Polícia investiga atuação de agiotas na execução do empresário Mazzuca Filho, da Impacto Prime
Além de uma dívida de R$ 500 mil com uma instituição bancária, que estava sendo cobrada judicialmente quando ele morreu, a polícia apurou que o empresário...
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Por CGN
Dívidas com agiotas podem ter sido a causa da morte do empresário Luiz Cláudio Mazzuca Filho, de 35 anos, executado a tiros dentro de seu Porsche, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Essa é a linha predominante na investigação do crime. Mazzuca Filho foi atingido por tiros de fuzil quando saía de uma academia, em bairro nobre da cidade, na noite de 29 de setembro último.
Além de uma dívida de R$ 500 mil com uma instituição bancária, que estava sendo cobrada judicialmente quando ele morreu, a polícia apurou que o empresário tinha tomado dinheiro emprestado de supostos agiotas para investir em seus negócios. Ele era dono de um bar e de uma loja de pneus e autopeças e estava abrindo um restaurante. Mazzuca Filho também fazia negócios com carros de luxo, como revelam postagens em suas redes sociais.
Com a quebra do sigilo telefônico da vítima, a polícia conseguiu identificar alguns contatos feitos pelo empresário e que estão sendo investigados. Os depoimentos das testemunhas confirmaram que Mazzuca Filho vinha recebendo ameaças, o que o levou a andar armado e, em algumas ocasiões, acompanhado por seguranças.
Em uma rede social, em que aparece empunhando um fuzil em um estande de tiro (ele era CAC, sigla de colecionador de armas, atirador e caçador), o empresário escreveu a frase latina si vis pacem para bellum, que pode ser traduzida como “se queres a paz, prepara-te para a guerra”.
Conforme a polícia, o uso de fuzil e a ação coordenada dos atiradores indicam que o assassinato foi encomendado e planejado de forma minuciosa.
Três pessoas participaram diretamente do crime, os dois atiradores e o motorista do carro branco. Os criminosos sabiam o horário em que o empresário iria para seu veículo e também que ele portava arma, por isso usaram o fuzil, arma de longo alcance.
A pistola de Mazzuca foi encontrada no banco do passageiro – ele não teve tempo de usar a arma para revidar ao ataque.
O delegado Rodolfo Sebba, que está à frente das investigações, disse que nenhuma linha de apuração está descartada e confirmou que uma das possibilidades é a motivação financeira. Segundo ele, a apuração está avançada, mas nem tudo pode ser revelado para não prejudicar as investigações.
O caso
O ataque ao empresário foi filmado por câmeras de vigilância. Após sair da academia na companhia da namorada, cada um seguiu para seu carro e ele entrou em seu Porsche, avaliado em quase R$ 1 milhão.
Um carro de cor branca se aproximou e dois homens desceram, fazendo disparos de fuzil contra o automóvel de luxo. Um deles recarregou a arma e fez mais disparos.
Os tiros atingiram de raspão uma funcionária da academia que saía do local naquele momento. Ao todo foram feitos 35 disparos de fuzil e de pistola. Após a sequência de disparos, um dos atiradores se aproximou do veículo e deu vários tiros com uma pistola.
A namorada do empresário, que saiu do local quando os tiros começaram, manobrou e voltou até o Porsche, mas nada pôde fazer. A funcionária foi levada ao hospital e já teve alta.
Com informações de Agência Estado.
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