Democrata sugere que Renato Silva use parte de possível desconto milionário recebido da Prefeitura na compra de vacinas
Mário de Sá faz referência aos R$ 16 milhões que o vice-prefeito teria recebido de desconto em dívida com o município....
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Por Deyvid Alan
Diante a pandemia da Covid-19, a população aguarda ansiosa pela “solução” que continua sendo a principal aposta das autoridades, a vacinação.
Em Cascavel não é diferente e mesmo com as vacinas fornecidas pelo Ministério da Saúde, o processo de imunização segue a passos lentos e com doses insuficientes para vacinar a população economicamente ativa, bem como crianças e adolescentes em idade escolar que foram autorizados a retornarem às aulas após o novo decreto anunciado hoje pelo Governo do Estado.
Seguindo o plano de vacinação do município, além dos profissionais da saúde, idosos acima de 78 anos estão sendo imunizados. Até o momento 20.251 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 5.385 foram imunizadas com a segunda dose, números ainda muito distantes do total da população cascavelense que, segundo o Senso 2020, é de 332.333 habitantes.
Na tarde desta sexta-feira (05) o prefeito Leonaldo Paranhos sancionou a Lei Municipal que autoriza o Município a comprar vacinas contra a Covid-19 por meio da Compra Direta e/ou Consórcios Públicos Intermunicipais de âmbito regional, estadual ou federal e com isso grandes empresários estão sendo mobilizados a fazerem doações ao fundo municipal de forma a ampliar e agilizar a imunização na cidade.
Com esta informação, o tesoureiro do partido Democratas, Mário de Sá, apresentou a seguinte sugestão: “Por que o vice-prefeito, Renato Silva, não utiliza parte dos 16 milhões que recebeu de desconto em uma dívida junto ao município, para comprar vacinas para a população de Cascavel?”.
A sugestão de Sá tem como base a suspeita do ex-vereador Paulo Porto sobre um possível favorecimento político ao vice-prefeito Renato Silva. Porto alega que o empresário devia quase R$ 20 milhões ao município, e que quitou a dívida ao pagar apenas quase R$ 4 milhões, tendo um desconto de aproximadamente R$ 16 milhões.
Em entrevista à CGN, Sá fez um apelo ao vice-prefeito, Renato Silva, para que doe parte do valor reembolsado ao fundo municipal, de forma a contribuir com a compra de vacinas, já que o dinheiro que reavio seria utilizado para investimentos em saúde e educação para a população de Cascavel.
“Eu faço um apelo ao nosso vice-prefeito para que ele faça de coração a devolução de parte desse recurso para que seja destinado à compra de vacinas, respiradores e outros insumos que possam ajudar no enfrentamento da crise. Faço esse apelo em nome de toda a população e espero que Renato Silva faça como diversos empresários fizeram”, destaca.
Mário de Sá disse ainda que é praticamente impossível que a comunidade geral receba R$ 10 ou R$ 15 reais de desconto numa parcela de IPTU ou no pagamento de algum imposto atrasado e se disse surpreso que um grande empresário como Renato Silva, tenha sido beneficiado com um desconto tão significativo.
“Isso pegou muita gente de surpresa, mas a lei durou pouco e no ano passado foi revogada. Não tenho conhecimento se outro empresário foi beneficiado, mas que o vice-prefeito recebeu o desconto de aproximadamente R$ 16 milhões, isso é fato”, completa.
De acordo com o Democrata, a população, por mais que tenha vontade, não tem condições de doar e contribuir com o fundo municipal, pois grande parte está dentro de suas casas, impedida de trabalhar e ainda assim precisa pagar as contas e impostos que estão chegando.
“Em poucos dias deveremos receber os carnês de IPTU, de lixo, todos corrigidos de acordo com a inflação, além das contas de água, luz e outras despesas que precisam ser pagas. Então o correto seria que os grandes empresários fizessem as doações. A população clama para que as melhorias venham por parte dos governantes. Já que a saúde é um direito da população”, explica.
Ele finalizou a entrevista dizendo que esta sugestão em forma de apelo ao vice-prefeito é um apontamento individual, que tomou a liberdade de expor, mesmo sem consultar o posicionamento de outros membros do partido.
Outro lado
A CGN por diversas vezes tentou contato com o vice-prefeito Renato Silva para que ele se manifestasse a respeito da denúncia, no entanto não fomos atendidos. O espaço está disponível para que Renato Silva possa se manifestar e explicar a situação.
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