
“Professor Monstro”: Secretária de Educação dá explicações sobre casos de abuso em CMEIs
Novas denúncias envolvendo o servidor serão ouvidas a partir da próxima segunda-feira (07)...

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Por Silmara Santos
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Em uma coletiva de imprensa na tarde de quinta-feira (03), Márcia Baldini, Secretária Municipal de Educação de Cascavel, discutiu o caso de um servidor da educação, que ficou conhecido como “Professor Monstro” e que foi condenado a 30 anos de prisão por abusar de uma criança de três anos em um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) da cidade.
De acordo com a Secretária, o caso ocorreu em 2019, e a Secretaria de Educação só foi informada em 2020, quando a mãe da criança procurou a instituição. A condenação do servidor só foi conhecida pela Secretaria em março deste ano, através de uma reportagem da CGN.
Marcia Baldini afirmou que, assim que a denúncia foi feita, a Secretaria ouviu a mãe da vítima e outras mães que procuraram a instituição, além de profissionais do CMEI. Com base nessas informações, a Secretaria solicitou a abertura de um processo administrativo, que resultou na exoneração do servidor em janeiro de 2024, cinco anos após o caso.
A Secretária ressaltou que, apesar da gravidade do caso, a Secretaria de Educação não tem o poder de afastar o servidor sem provas concretas de sua culpa. Ela explicou que, de acordo com a Constituição Federal, é necessário respeitar o contraditório e a ampla defesa, o que exige uma legislação municipal que permita o afastamento de servidores em casos de suspeita de abuso.
Marcia Baldini também anunciou que a Secretaria de Educação está tomando medidas para agilizar a investigação de casos de abuso envolvendo crianças no ambiente escolar. Além disso, a Secretaria está trabalhando na elaboração de um protocolo de orientação para os CMEIs e para as famílias em casos de abuso, e solicitando a elaboração de uma lei que permita o afastamento de servidores suspeitos de abuso.
A Secretária concluiu a coletiva pedindo que os pais que tiverem qualquer suspeita ou queixa procurem a Secretaria de Educação, que estará disponibilizando equipes para ouvir todos os casos a partir de segunda-feira (07).
O assessor de Gabinete Maxsoel Schmidt, explicou que tanto a direção quanto a coordenação do CMEI tem uma equipe do departamento que faz acompanhamento, que faz assessoramento e disse que ocorreu um acompanhamento no CMEI, que o professor Monstro foi realocado, e que a diretora “teria relatado” alguma informação nova.
“Nesse tempo nós não tivemos, tanto é que no processo não tem nenhuma informação nova posterior, durante todo o processo nós não tivemos novos relatos, novas informações sobre esse caso” finalizou o servidor.
Agora que o caso ficou mais claro para a sociedade, vale lembrar que mães e pais que tenham notado algum tipo de mudança no comportamento ou lesões estranhas nas crianças no período em que esse servidor esteve nos CMEIs do Bairro Interlagos, em 2019 e 2020 ou no CMEI do Bairro Canadá, de 2021 até 2024 devem procurar a Secretaria de Educação e o Nucria para que seja aberta uma nova denúncia.
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