Perícia particular conclui que motorista que atropelou Fernando Lorenzo não tentou frear o carro
Fernando estava na calçada, acompanhado da mãe e de um amigo da família, quando foi atropelado por um veículo Fiat Stillo (V1), após a condutora furar...
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O laudo pericial do acidente que vitimou o menino Fernando Lorenzo, de 9 anos de idade, na noite de 14 de junho de 2024, foi concluído.
Fernando estava na calçada, acompanhado da mãe e de um amigo da família, quando foi atropelado por um veículo Fiat Stillo (V1), após a condutora furar a preferencial e colidir contra uma motocicleta (V2) na Avenida Piquiri esquina com a Rua Paraná.
Conforme a análise pericial: “têm-se que o principal fator para o acontecimento do sinistro se deu através da invasão de via preferencial praticada por V1, tendo sua dinâmica agravada pela inexistência de tentativa de parada do veículo após a colisão, trafegando sobre a calçada já em direção à rua Paraná, até que 4,83 segundos após a colisão ocorre a frenagem do veículo”.
De acordo com o advogado da família, doutor Helio Ideriha Junior, a demora da motorista em acionar os freios do veículo, demonstram uma atitude de fuga. No mesmo sentido, o laudo aponta:
“Durante o cruzamento ocorre a colisão com V2 que seguia o fluxo preferencial da via, na sequência observa-se alteração na trajetória de V1 para a direita atingindo os pedestres e ainda uma segunda alteração de trajetória após a colisão contra os pedestres que estavam na calçada no lado esquerdo da rua e trafegando sobre a calçada, até que 4,83 segundos após a colisão se observa o novo acionamento das luzes indicativas do sistema de freio que se mantem acesas até a parada do veículo. Estudos trazem que um condutor tem um tempo de percepção de cerca de 1,0 segundo, diferente dos 4,83 segundos aqui comentados. Resultando assim em uma não tentativa de parada por parte do condutor de V1”.
O relatório da perícia, que possui 45 páginas, também trouxe, além de simulações do momento do acidente, outras informações relevantes, como a velocidade do carro e da motocicleta no momento do ocorrido.
A análise concluiu que o Fiat Stillo, estava trafegando em uma média de 27,28 km/h no momento em que furou a preferencial e bateu contra a moto. Esta, por sua vez, apresentava, de acordo com os cálculos realizados pelo perito, a velocidade de 70,16 km/h no momento da batida.
A conclusão da perícia levou em conta diversas imagens de câmeras de segurança, fotos e medições do local, além de dados de engenharia e demais documentos anexados ao inquérito policial. Todas as informações constantes no laudo deverão ser utilizadas no processo judicial para a devida apuração da responsabilidade dos envolvidos.
A perícia no celular da motorista ainda não foi concluída, portanto, até o momento, não é possível confirmar se ela estava ou não utilizando o aparelho no momento do acidente.
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