Câmera interna da Moonlight mostra início da confusão antes da morte de Daiane de Jesus Oliveira
O vídeo mostra a reação dos seguranças após a mulher ter sido atropelada ...
Publicado em
Por Fábio Wronski
A equipe da CGN teve acesso a mais uma câmera de monitoramento que registrou a confusão que antecedeu a morte de Daiane de Jesus Oliveira, no dia 28 de maio deste ano.
O caso de homicídio ocorreu em frente à empresa Moonlight, localizada na Rua Paraná, em Cascavel.
A vítima, conforme as imagens, teria tentado entrar na casa noturna quando foi impedida de ter acesso ao interior e também agredida. Um dos seguranças do estabelecimento é Policial Penal do Estado do Paraná e teria utilizado spay de pimenta para desnortear a vítima, a qual ficou caída, após as agressões, no meio do binário.
Nestas novas imagens, é possível notar que o segurança empurra a vítima várias vezes, a derrubando na calçada e uma última vez na via rápida.
A maior novidade deste vídeo, é a reação dos seguranças ao verem a mulher sendo atropelada e morta e também as atitudes que tomam, ou não, diante do caso.
O vídeo é dividido em partes, uma quando a mulher tenta acessar à casa noturna e é impedida. A segunda quando é empurrada na calçada e derrubada à rua e a terceira vez quando os seguranças estão na porta do estabelecimento e a vítima é atropelada.
Pela imagem, é notável que os três trabalhadores colocam as mãos à cabeça ao presenciarem o fato. Eles chegam a olharem em direção ao local onde o corpo da mulher foi arrastado, porém, não vão em direção à vítima, para tentarem resgatá-la.
As imagens confirmam as versões da família que testemunhou o caso e tentou resgatar Daiane no meio da via. Somente eles correm em direção ao ponto onde o corpo parou e tentam realizar o resgate.
A mulher foi arrastada por mais de 70 metros e teve o corpo todo dilacerado, falecendo, segundo o laudo, em razão do traumatismo.
Para a Polícia Civil, o Policial Penal foi o principal responsável pela morte de Daiane, após passar, por três vezes, spray de pimenta nos olhos da vítima, a deixando desorientada no meio da via. Com o uso do produto, a jovem não tinha capacidade de levantar sozinha e sair do meio da rua.
Já o motorista do carro, que fugiu sem prestar socorro, ficou constatado que ele estava acima da velocidade permitida. O corpo de Daiane teria ficado preso embaixo do carro e, conforme testemunhas, o condutor teria acelerado até retirar o cadáver debaixo do Golf. O Delegado Fabiano Mozza autuou o motorista pelo crime de homicídio culposo, sem intensão de matar.
Ontem, quinta-feira (31), o Ministério Público denunciou os seguranças e o policial penal, que fazia bico na boate, por homicídio doloso com duas qualificadoras. Para o Promotor, os três seguranças, com os comportamentos adotados no dia dos fatos, assumiram o risco de gerar a morte de Daiane.
Em relação ao motorista que atropelou a vítima, apesar da denúncia por homicídio culposo, a Promotoria deverá oferecer um acordo de não persecução penal, visto que cumpre os requisitos previstos em lei para tanto.
Agora, o caso deverá passar pela audiência de instrução e, na sequência, o Juiz responsável pelo caso deverá realizar a pronúncia, levando ou não os réus para o Júri Popular. Cabe também ao juiz analisar se aceitará um acordo de não persecução penal ao motorista.
Notícias Relacionadas:
Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação
Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.
Participe do nosso grupo no Whatsapp
ou