Morte de Daiane de Jesus Oliveira: Policial penal é indiciado por homicídio doloso e motorista por homicídio culposo
O segurança teria expirado um spray de pimenta no rosto da vítima, o que a deixou sem visão para poder se levantar e sair da via ...
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Por Fábio Wronski
Após 52 dias, a Polícia Civil de Cascavel concluiu o inquérito sobre a morte de Daiane de Jesus Oliveira. A jovem, de 28 anos, morreu após ser derrubada na Rua Paraná, no Centro de Cascavel, e atropelada por um veículo Golf.
O fato ocorreu no dia 28 de maio em frente à casa noturna Moonligth, após a mulher tentar entrar no estabelecimento comercial e ser impedida pelos seguranças.
Um policial penal, que fazia bico no estabelecimento, e impediu a mulher de adentrar ao recinto a derrubou no meio de uma das principais vias rápidas de Cascavel.
Câmeras de monitoramento registraram todo o fato e as imagens corroboraram o trabalho da equipe da Delegacia de Homicídios. Após o recebimento de laudos e a realização de oitivas, o Delegado Fabiano Mozza convocou a imprensa para falar sobre o indiciamento dos investigados.
Conforme a DH, o policial penal teria expirado um spray de pimenta nos olhos de Daiane, fato que a deixou cega momentaneamente. Por causa da ação deste produto, ela não pôde se levantar sozinha e sair do meio da via para não ser atropelada.
Já o motorista do carro, durante depoimento, relatou que não percebeu que havia atropelado uma mulher, afirmando, inicialmente, que teria passado em cima de uma espécie de papelão, depois relatando que poderia ser um cachorro.
Desta forma, o delegado indiciou o policial penal pelo crime de homicídio doloso, com dolo eventual, em razão de deixar a vítima no meio da via rápida, desorientada. O motorista que fugiu sem prestar socorro à Daiane foi acusado de homicídio culposo, com aumento de pena.
Os demais seguranças da casa noturna foram indiciados pelo crime de omissão de socorro. Para o delegado, eles não foram responsáveis pela causa que resultou o acidente e a morte.
Conforme os laudos, o Golf estaria numa velocidade de 73 km/h a alguns metros do ponto do atropelamento. Como testemunhas relataram que o motorista acelerou ainda mais, a velocidade, conforme o delegado, era muito superior a permitida.
Ao todo foram quatro perícias solicitadas e a morte de Daiane foi por traumatismo cranioencefálico. O corpo ficou completamente esmagado, já que ficou preso embaixo do automóvel.
Agora o caso será encaminhado ao Ministério Público que ira proferir a denúncia contra os acusados, possivelmente os levando para o Júri Popular.
Ninguém foi preso até o momento, pois, conforme a DH, não atrapalharam a investigação, não têm antecedentes criminais e não apresentavam risco de fuga.
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