Investigado por cobrança no SUS, Ganso prefere o silêncio do que prestar esclarecimentos

O assessor parlamentar Jeovane José Machado, o Ganso Sem Limites preferiu o silêncio ao ser interrogado hoje na Divisão de Combate a Corrupção. Ele é nomeado no gabinete no verador Jorge Bocasanta, com salário de R$ 4,6 mil por mês.

Ele é investigado por envolvimento em uma denúncia de cobrança de R$ 1 mil da família de uma paciente que fez cirurgia no SUS, na última segunda-feira. A família da paciente disse que o valor era cobrado por Ganso e por outro ex-assessor, recém-exonerado com a informação de que seria necessário pagar o anestesista. O ex-assessor, preso com o dinheiro, disse que buscou a pedido de Ganso.

Acompanhado de advogado ele passou apenas as informações pessoais e disse que sobre o caso irá se manifestar apenas em juízo. (Veja no vídeo).

A postura foi diferente de seu “empregador” Jorge Bocasanta. O vereador, que é o médico responsável pela cirurgia, procurou a polícia antes mesmo de ser intimado e disse estar sendo alvo de uma perseguição. Mesmo após a polêmica, Ganso não foi exonerado.

Ontem a CGN mostrou que Ganso já foi condenado por usar vantagens na fila do SUS (no Cisop) para angariar votos no campanha de 2012. Ele foi condenado a um ano de reclusão mas a pena foi convertida no pagamento de uma cesta básica, no final de 2017. Quando foi condenado ele já trabalhava no gabinete de Bocasanta e chegou a ser exonerado na Câmara, mas foi novamente nomeado em março do ano passado.