Homem detido trabalhava na Câmara de Vereadores desde janeiro de 2017

A CGN conversou nesta manhã com o vereador Roberto Parra, que confirmou que o homem detido ontem (17) em ação do Gaeco foi seu assessor de janeiro de 2017 a 28 de julho passado, ou seja, pediu exoneração há 20 dias.

Parra disse que no momento da exoneração o assessor alegou problemas de saúde e que ele já vinha afastado das funções pelo mesmo motivo há algumas semanas.

“Eu tive conhecimento do fato através de vocês e fui tentar ver o depoimento, ver do que ele está sendo acusado. No meu gabinete ele não tinha contato com pacientes e eu não sabia de nenhuma atuação dele ligada com a saúde. Espera que a investigação ocorra e seja dada uma resposta a sociedade”, disse por telefone.

Parra disse que conhecia o homem da igreja e o escolheu porque ele tinha experiência comunitária e ligação com a região norte da cidade.

Entenda

Na noite de ontem um ex-assessor da Câmara foi detido pelo Gaeco acusado de cobrar pela realização de uma cirurgia pelo SUS.

Segundo as informações iniciais o ex-servidor público procurou a vítima informando que poderia adiantar a cirurgia dela mediante o pagamento de R$ 2 mil que seria direcionado a um anestesista. Como a paciente não tinha todo o dinheiro, negociou com o ex-assessor do parlamentar em R$ 1 mil e o procedimento foi realizado hoje em um hospital que atende leitos particulares e SUS. Os policias do Gaeco fizeram a detenção do homem do momento em que ele receberia o dinheiro e o levaram à Delegacia de Polícia Civil, onde ele foi ouvido.

Nesta manhã o também vereador e médico Jorge Bocasanta chamou a PM ao hospital para registro de um boletim de ocorrência e pedir a prisão de uma pessoa. Ele chegou a dizer que quem paga para passar na frente dos outros também comete crime.