CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!
Imagem referente a Defesa de farmacêutico e médica nega dolo em caso de rosto deformado e aguarda resultado justo

Defesa de farmacêutico e médica nega dolo em caso de rosto deformado e aguarda resultado justo

Segundo os autos do processo, a paciente relatou ter sofrido graves consequências após se submeter a um procedimento estético na clínica dos réus. Raquel buscou o...

Publicado em

Por Fábio Wronski

Publicidade

O advogado Helio Ideriha Junior, responsável pela defesa do farmacêutico Tiago Tomaz da Rosa e da médica Carolina Milanezi Bortolon, concedeu entrevista à CGN após a audiência de instrução e julgamento realizada em Cascavel. O casal responde a processo criminal sob as acusações de estelionato qualificado, lesão corporal gravíssima e exercício ilegal da profissão, conforme previsto no Código Penal, em decorrência de denúncia feita por Raquel Roseli Demichei Dornelles, moradora da cidade.

Segundo os autos do processo, a paciente relatou ter sofrido graves consequências após se submeter a um procedimento estético na clínica dos réus. Raquel buscou o estabelecimento para aplicação de Sculptra, um bioestimulador de colágeno utilizado para melhorar a firmeza da pele. No entanto, segundo a denúncia, logo após o procedimento, apresentou reações adversas severas, incluindo inchaços e deformações faciais.

Durante a audiência, Helio Ideriha Junior detalhou o andamento dos trabalhos, explicando que, devido à complexidade do caso e ao grande número de testemunhas e documentos, a instrução não foi concluída em um único dia. Pela manhã, foram ouvidas as testemunhas do Ministério Público. Testemunhas indicadas pela assistente de acusação tiveram seus depoimentos indeferidos pelo juiz por terem sido apresentadas fora do prazo legal. No período da tarde, foi a vez das testemunhas de defesa.

O advogado criticou a condução do inquérito policial, classificando-a como sensacionalista e argumentando que conclusões teriam sido tiradas com base em premissas falsas. Segundo ele, o farmacêutico Tiago Tomaz da Rosa teria sido indevidamente responsabilizado por procedimentos que não realizou, a partir de registros financeiros acessados em fiscalizações dos Conselhos de Farmácia e de Medicina.

Ideriha afirmou que, ao longo do processo, a defesa pretende demonstrar que os fatos não ocorreram conforme descrito na denúncia, reiterando confiança na condução do caso pelo juiz Marcelo Carneval. “Nós confiamos nesse juiz, não para absolver ou condenar, mas é um juiz que vai fazer o certo. Tenho certeza que ele vai analisar as provas pelo que elas são, não pelo que as vítimas querem que sejam, ou pelo que os réus querem que sejam”, declarou.

Sobre a tese de defesa, o advogado preferiu não entrar em detalhes, mas destacou que não houve dolo ou intenção de substituir qualquer produto durante o procedimento realizado na paciente. “Ninguém em sã consciência vai colocar um produto por outro, algo que pode gerar um transtorno imenso, gastos de toda a ordem, desde curativos até advogados, imagina, para economizar. Ninguém em sã consciência faria isso”, afirmou.

Ideriha acrescentou que, durante a audiência, foram apresentados pacientes que teriam realizado procedimentos idênticos na clínica, com resultados satisfatórios, e que casos isolados de complicações são riscos inerentes a procedimentos estéticos. Segundo ele, após o episódio envolvendo Raquel, outros pacientes teriam tentado se aproveitar da situação para obter vantagens, como cancelamento de pagamentos.

A próxima audiência do caso foi marcada para maio de 2026, em razão da superlotação das pautas e do fato de a médica Carolina Milanezi Bortolon estar em gravidez de risco. O pedido de adiamento foi deferido para preservar a saúde da investigada.

O advogado relatou ainda que seus clientes têm sofrido impactos emocionais significativos em decorrência do processo e da exposição pública. “Foram absolutamente massacrados. A Dra. Carolina, então, que nunca fez nada de errado, uma profissional exemplar, sempre muito atenciosa com os clientes, sendo colocada como corresponsável por ser médica, por supostos erros do marido, que também não aconteceram da forma como foram acontecidos. Existe muito sensacionalismo. Existe um massacre enorme em relação a essas pessoas, sem dever”, afirmou.

Ao final, Helio Ideriha Junior manifestou confiança em um desfecho justo para o processo. “Agora é seguir com tranquilidade, uma defesa técnica, serena, agora sim estamos tendo a apuração verdadeira dos fatos, sem interesse só em promoção, em divulgação do caso. Agora sim nós estamos tendo uma apuração, e por esta razão nós confiamos no resultado justo ao final”, concluiu.

Veja Mais

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

AVISO
agora
Plantão CGN