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Clínica que deformou rosto de cascavelense é investigada por lesão gravíssima, estelionato e por exercício ilegal da medicina

A Delegada Thais Regina Zanatta, chefe do 1º Distrito Policial, revelou nesta quinta-feira (09) detalhes sobre o inquérito instaurado contra a Clínica Revive...

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Por Fábio Wronski

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A Delegada Thais Regina Zanatta, chefe do 1º Distrito Policial, revelou nesta quinta-feira (09) detalhes sobre o inquérito instaurado contra a Clínica Revive, acusada de práticas irregulares e uso de substância não autorizada, além de lesão gravíssima, estelionato e por exercício ilegal da medicina.

A clínica é alvo de uma denúncia criminal feita pela empresária Cascavelense Raquel Roseli Demichei Dornelles, que alega ter sofrido deformidades no rosto após um procedimento realizado no local.

O caso ganhou notoriedade após a denúncia feita pela CGN, que acompanhou os processos civil e criminal movidos por Raquel. A empresária contratou um procedimento seguro, mas sua vida foi transformada após a aplicação de uma substância não aprovada no contrato inicial. O incidente resultou em uma queixa judicial, na qual foram levantadas acusações de erro profissional e danos morais.

A investigação policial identificou outras vítimas que também registraram boletins de ocorrência contra a clínica. Segundo a delegada Zanatta, a Polícia Civil não realizou nenhuma fiscalização na clínica, mas é provável que os órgãos responsáveis, o Conselho Regional de Farmácia e o Conselho Regional de Medicina, tenham realizado alguma inspeção.

Raquel solicitou um procedimento de bioestimulador no rosto e, em vez disso, foi aplicada a substância PMMA, que causou várias lesões e deformou seu rosto permanentemente. A substância não é absorvível pelo corpo e não há maneira de removê-la sem causar mais danos.

A delegada Zanatta informou que três inquéritos foram instaurados, um para cada vítima identificada. Em um deles, os suspeitos já foram interrogados e indiciados. O homem, que é farmacêutico, foi indiciado por lesão corporal gravíssima, estelionato e exercício ilegal da medicina. A mulher, que é médica e esposa do farmacêutico, foi indiciada por lesão corporal gravíssima e estelionato.

O inquérito de Raquel foi concluído e os suspeitos ainda não foram notificados sobre a conclusão. A delegada afirmou que a Polícia Civil vai representar pela suspensão dos registros profissionais dos dois acusados.

A delegada Zanatta encorajou outras possíveis vítimas a procurarem a Polícia Civil e registrarem um boletim de ocorrência, a fim de fortalecer o caso contra os acusados.

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