
Ex-Policial Penal será julgado por morte de Marcelo Arruda na próxima terça-feira
Na ocasião, Marcelo Arruda organizava uma comemoração de aniversário com temática do PT. Durante o evento, o ex-policial, que, na época dos fatos, era considerado simpatizante...

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Por Silmara Santos

Nesta terça-feira (11), inicia-se o júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu. O caso, que repercutiu a nível nacional, traz à tona questões delicadas sobre polarização política e violência, tendo ocorrido durante uma festa que celebrava o aniversário de 50 anos de Arruda, em julho de 2022.
O crime
Na ocasião, Marcelo Arruda organizava uma comemoração de aniversário com temática do PT. Durante o evento, o ex-policial, que, na época dos fatos, era considerado simpatizante do então presidente Jair Bolsonaro, efetuou o disparo fatal.
A ação foi registrada pelas câmeras de segurança do local, fornecendo imagens que, com o tempo, passaram a ser elementos essenciais para o entendimento dos acontecimentos trágicos daquela noite.
Marcelo Arruda, que estava cercado por familiares e amigos, foi atingido e, apesar dos esforços médicos, veio a falecer na madrugada do dia 10 de julho. O falecido deixou um legado de luto entre os familiares, destacando-se a perda de um dos seus quatro filhos, incluindo um bebê com apenas pouco mais de 40 dias de vida.
Após disparar contra Arruda, Guaranho também sofreu violência física ao ser agredido por convidados presentes na festa. O episódio, ainda que permeado por fatores políticos e pessoais, apontou para a forte comoção e tensão que permearam o ambiente da celebração. Internado no Hospital de Foz do Iguaçu, o réu chegou a permanecer em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) antes de ser transferido para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde cumpriu pena prisional até setembro de 2024. Atualmente, Guaranho encontra-se sob regime de prisão domiciliar, aguardando a decisão popular que poderá definir seu destino legal.
Aspectos Procedimentais e Implicações O júri popular, que abre esta semana, será responsável por analisar as circunstâncias do ocorrido com base nas provas coletadas, dentre as quais se destaca a filmagem da câmera de segurança. Especialistas em segurança pública e Direito apontam que o caso se inseriu num contexto de intensas disputas políticas locais, onde a polarização e a tensão social contribuíram para a escalada de violência. A análise do júri será criteriosamente pautada na necessidade de demonstração da autoria e materialidade do crime, bem como na aferição das qualificadoras que levaram à imputação de homicídio duplamente qualificado.
A relevância do processo O julgamento de Jorge Guaranho ganha contornos ainda mais significativos diante do cenário de intensa discussão política nacional. O fato de o crime ter ocorrido durante uma festa privada que simbolizava uma idealização política contribuiu para que o caso transcenda as fronteiras do simples acidente criminal, tornando-se um importante precedente nas investigações sobre a influência de convicções ideológicas em crimes de violência. O resultado deste júri popular poderá abrir caminho para novas discussões legais e políticas, refletindo a complexa intersecção entre Estado, política e segurança pública.
Fonte: Portal da Cidade/ G1
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