Nova carta de detentos revela condições precárias para visitas na PETBC
Os presos relatam que os policiais penais realizam procedimentos abusivos, forçando as famílias a passar várias vezes pelo raio-x e, em algumas ocasiões, fazendo-as retornar alegando...
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Por Silmara Santos
A equipe da CGN recebeu uma carta nesta segunda-feira (20) com mais denúncias sobre a repressão na Penitenciária Estadual Thiago Borges de Carvalho (PETBC) em Cascavel. Os detentos denunciam uma série de situações que eles e suas famílias têm enfrentado, principalmente durante os horários de visita.
Os presos relatam que os policiais penais realizam procedimentos abusivos, forçando as famílias a passar várias vezes pelo raio-x e, em algumas ocasiões, fazendo-as retornar alegando alterações no equipamento. Além disso, eles afirmam que a entrada para a visita, que deveria ser realizada em um horário específico, acaba sendo postergada por várias horas, com as famílias sendo confinadas em uma sala.
Outra queixa é a condição do pátio de visita, onde as famílias são obrigadas a sentar no chão, sem a possibilidade de usar cobertores para se acomodar. Os bancos disponíveis no local, segundo a carta, são insuficientes para a quantidade de visitantes.
A alimentação também é um problema. Os detentos denunciam que suas famílias ficam sem se alimentar desde a noite anterior e que a comida permitida durante a visita é insuficiente, consistindo em quatro pães com uma proteína e um refrigerante não gelado.
Os internos afirmam que estão contando com o apoio de dois advogados para lutar por um tratamento mais humanizado para suas famílias. Eles pedem a intervenção dos Direitos Humanos, da imprensa e de órgãos responsáveis para cobrar as ilegalidades que estão sendo cometidas contra eles e suas famílias.
Os detentos reforçam que o cumprimento da pena deve ser reservado a eles, e não aos seus familiares, e pedem a todos que tiverem acesso à carta que a divulguem para veículos de comunicação, grupos e órgãos competentes.
A equipe da CGN deixa o espaço aberto para que a diretoria da unidade penal se manifeste sobre essas novas denúncias.
Confira abaixo a carta na íntegra:
Cascavel, 15 de Janeiro de 2025
“Denúncia”
Comunicado dos internos da Penitenciária Estadual de Cascavel, PR “PETBC”
Estamos através deste comunicado “Democraticamente” pedir o apoio de todos para nos apoiar e apoiar nossas famílias em cima de várias “situações” que nós e nossa família vem “sofrendo” dentro desta unidade e na entrada do “horário de visita”.
Aonde todos os finais de semana “as e os policiais penais” fazem procedimentos “abusivos”, familiar passar quatro, cinco vezes no “Raio X”, familiar voltar para traz dizendo qye teve alteração no raio-X, tem família que dorme na frente da unidade para poder entrar na hora “certa” para podere entrar na hora certa para a visita, mas acaba entrando “onze horas ou mais”, por quê a polícia penal ponha a visita numa salinha e deixa ela lá, quando não faz ela voltar para traz ela fica lá por mais de horas.
Outra situação que é “desumana” é no pátio de visita, aonde nossa “família” tem que sentar no “chão”, não podemos nem ter uma coberta para nossos “familiares sentar”, pois os bancos que tem no local não supre a quantidade de visita.
Sobre alimentação de pátio de visita: pois a nossa família fica “sem se alimentar desde a noite anterior” e são permitido quatro pães com uma proteína e um refrigerante não gelado.
Estamos com apoio de dois advogados para lutar por um tratamento humanizado para nossa família, “pois quem está cumprindo penitência é nós internos não eles”.
Contamos com apoio dos “Direitos Humanos, imprensa e órgãos responsáveis” por cobrar as “ilegalidades” que eles vem cometendo com nós e nossas famílias, pois não se pode cobrar a lei “Descumprindo a Lei”, não se pode cobrar um crime “cometendo um crime”, perante a lei “lei somos todos iguais”, estamos “todos abaixo da Lei”.
Pedimos a todos que tiverem acesso a esse “comunicado denuncia” para passa-lo para todos veículos de comunicação, “grupos e órgãos competente” para ouvirem nosso grito de “socorro”.
Estamos prontificando o número dos dois “advogados” para todos os familiares que sofrem “opressão” poder aciona-la de imediato para vim na frente da unidade e fazer uma denúncia de imediato de forma formal e correta, deixamos aqui para as famílias que quiserem fazer uma “denúncia no disque 100”, pode ser anônima ou formal fica a critério da família, quanto mais união, mais denúncia tiver, mais rápido vamos atingir nosso objetivo “visita é sagrada” queremos o fim da opressão com nossa família dentro desta unidade. Queremos saber onde estão os Direitos Humanos nesta hora.
Agradecemos pela atenção de todos. Obrigado.
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