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Imagem referente a “Uma bomba relógio” diz detento em nova ameaça de rebelião na PETBC

“Uma bomba relógio” diz detento em nova ameaça de rebelião na PETBC

Um uma das cartas, que foi escrita no dia 10 de junho, o apenado fala que a carta é um meio de denunciar o diretor e...

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Por Silmara Santos

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Imagem referente a “Uma bomba relógio” diz detento em nova ameaça de rebelião na PETBC

Novamente a equipe da CGN foi procurada neste sábado (17) com novas cartas e ameaças de rebelião na PETBC (Penitenciária Estadual Borges de Carvalho) em Cascavel.

Um uma das cartas, que foi escrita no dia 10 de junho, o apenado fala que a carta é um meio de denunciar o diretor e o chefe de segurança da unidade. Em alguns trechos ele fala que se não forem tomadas providências pode acontecer o mesmo que ocorreu em 2014 e em 2017 que foram duas grandes rebeliões.

“Todos já viram o que aconteceu em 2014 e o que aconteceu em 2017 e é por esse motivo que nós estamos denunciando e pedindo ajuda da imprensa. Não queremos fazer rebelião outra vez, mas o chefe da segurança estão fazendo uma bomba relógio que a qualquer momento pode explodir”.

Trecho da carta

Na mesma carta o apenado diz que as famílias ficam a noite toda na fila para poder entrar na unidade e que acabam sendo impedidas pelos funcionários alegando alterações no scanner.

“Eles não respeitam nossas visitas, oprimem, xingam e fazem revistas abusivas com nossos familiares”.

Trecho da carta

O apenado alega que estão maquiando a unidade com trabalho e que todas as vezes que equipes dos Direitos Humanos vão ao local são mostrados os setores de trabalho como o primeiro bloco e a padaria.
Ele relata ainda que o terceiro bloco não é mostrado e que é onde acontecem as repressões por parte da equipe e ainda cita um esquema de corrupção dentro da unidade.

“Eles estão tirando nossas cobertas, agora que chegou o frio só vai poder ter duas cobertas e uma blusa de frio. O Sedex que a família manda nunca chega certo, sempre falta alguma coisa”.

Trecho da carta

Durante a carta ele fala novamente dos procedimentos e dos isolamentos que estão sofrendo na unidade, além disso ele menciona os produtos básicos de higiene e diz que muitas vezes precisam dividir três papéis higiênicos em oito presos.

“Nossa alimentação é feijão azedo quase sempre e carne moída podre, tem pedaço de plástico, unha, cabelo dentro das marmitas e nosso café da manhã é pura água”.

Trecho da carta

Ele finaliza a carta dizendo que o pedido é de respeito aos familiares e pede que liberem o que é deles.

Em outra carta, um dos detentos revela que está louco para sair da unidade para qualquer outra de Curitiba, Londrina ou Foz do Iguaçu.

“Aqui tá foda mano véio, esse lugar é o inferno e essa advogada ta passando a mão na nossa cara, desculpa mano, mas não dá mais, tá foda pra caramba aqui e eu não vou arredar o pé enquanto não for transferido”.

Trecho da carta

A CGN deixa novamente o espaço aberto para que os responsáveis pela unidade se manifestem sobre a possibilidade de rebelião no local.

Nota Oficial

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio da Coordenação Regional de Cascavel, esclarece que tomou conhecimento de uma segunda carta anônima com supostas denúncias de irregularidades na Penitenciária Estadual Thiago Borges de Carvalho (PETBC).

Em relação aos supostos abusos ocorridos na unidade, esclarecemos que a mudança em procedimentos contribuiu para implementar segurança e priorizar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos na penitenciária. Ressaltamos que os procedimentos são realizados seguindo técnicas para cada situação, garantindo assim a segurança, qualidade do trabalho e resguardando a vida das pessoas privadas de liberdade e dos trabalhadores do sistema prisional.

A PPPR rechaça veementemente as denúncias caluniosas sobre procedimentos inadequados e o anonimato das mesmas, uma vez que existem mecanismos seguros para tal e fiscalizações de instituições que asseguram o cumprimento da lei e os trabalhos desenvolvidos no sistema penitenciário do Paraná.

É importante ressaltar que todo o uso do Instrumento de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) é controlado e documentado de forma a evitar abusos, minimizar riscos e salvaguardar vidas. Além disso, somente policiais penais devidamente habilitados são autorizados a operar esses instrumentos.

Cabe destacar que a Polícia Penal tem se dedicado à modernização do sistema penitenciário no Paraná, priorizando o tratamento penal adequado. A PETBC é um exemplo disso, com 14 convênios abertos para a contratação de pessoas privadas de liberdade (PPLs) para o trabalho. Atualmente, são 271 PPLs trabalhando na unidade, sendo que quase 200 recebem remuneração equivalente ao salário mínimo.

Mesmo diante de todas as informações expostas, a Polícia Penal vai apurar os fatos, contribuindo para a busca da verdade, a segurança pública e o bem-estar da sociedade como um todo. Estamos comprometidos em garantir um sistema penitenciário eficiente, seguro e que respeite os direitos de todas as pessoas envolvidas priorizando o que é estabelecido na Lei de Execução Penal.

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