Donos da VoePass devem ser ouvidos após análise de provas técnicas
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela perícia técnica sobre o acidente, já concluiu sua “Ação Inicial”, com...
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Por Diego Cavalcante
As equipes que atuam na investigação sobre o acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, devem ouvir os responsáveis pela companhia aérea VoePass assim que for concluída a etapa de coleta de provas técnicas e de documentos sobre a aeronave ART 72.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela perícia técnica sobre o acidente, já concluiu sua “Ação Inicial”, com o objetivo de reunir primeiras informações que possam explicar a causa da queda. Os dados das caixas-pretas do avião foram extraídos com sucesso.
O promotor José Cláudio Baglio, designado pelo procurador-geral de Justiça para acompanhar o trabalho da Polícia Civil, afirma que todos os envolvidos serão ouvidos.
“Naturalmente, os responsáveis pela companhia aérea e os demais envolvidos devem ser ouvidos em algum momento. Primeiro, nos cabe aguardar a produção dessa prova técnica e coletar demais provas nesse momento”, afirma Baglio.
O trabalho de investigação está em fase inicial, segundo o promotor. “Essa prova tem uma coleta toda específica, por órgãos técnicos. Então a gente aguarda ainda a posição dessa prova técnica através desses órgãos. Isso ainda não chegou, mas certamente chegará. É muito cedo ainda. Isso deve levar algum tempo. É mais de uma caixa preta, é mais de um coletor de dados”.
Além do inquérito da Polícia Civil, instaurado pelo 1º Distrito Policial de Vinhedo, o acidente aéreo também é investigado pela Polícia Federal.
A principal suspeita, de acordo com o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, é uma falha no sistema anticongelamento do ART 72, que teria provocado o acúmulo de gelo na aeronave e feito com que o piloto perdesse o controle.
O avião “estolou”, no jargão da Aeronáutica, ficando sem sustentação e caindo em “parafuso chato”, até cair no quintal de uma casa, explodindo e provocando um incêndio.
Desde sábado (10/8), dia seguinte ao acidente, surgiram suspeitas sobre problemas com a aeronave. Segundo relatório de inspeção, ela tinha diversos consertos pendentes. A maioria, não interferia na operação, mas entre eles estaria um problema no painel, que dificultava a navegação.
O promotor José Cláudio Baglio afirma que “todos esses fatores serão devidamente analisados”. “A gente tem ouvido muita coisa divulgada pela imprensa. Todos esses fatores serão devidamente analisados”, afirma.
Vítimas
Os corpos das 62 vítimas do acidente aéreo, 58 passageiros e quatro tripulantes, foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo. Até a manhã desta terça-feira (13/8), 35 tinham sido identificados, e 17 foram liberados para os familiares. Os primeiros velórios começaram a ser feitos no domingo (12/8).
Enquanto aguardam a confirmação da identidade de seus parentes, os familiares das vítimas estão hospedados no Hotel Jaraguá In, no centro da capital. À medida que as equipes do IML avançam com os trabalhos, eles são chamados ao auditório do Instituto Oscar Freire, ao lado do local, para fazer o reconhecimento.
Com informações do Metrópoles
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