Homem acusado de envenenar suposto amante da esposa vai a Júri Popular em Cascavel
Jeferson Makyama, advogado da vítima, concedeu entrevista à imprensa na chegada ao tribuna...
Publicado em
Por Fábio Wronski
Na manhã desta terça-feira (14), o Fórum da Comarca de Cascavel será palco de um julgamento que promete atrair a atenção da comunidade local. O réu, acusado de enviar um pão de mel envenenado ao suposto amante de sua esposa, enfrentará o júri popular a partir das 9h. Advogados, testemunhas e partes envolvidas já se encontram no local para o início da sessão.
O incidente que culminou no julgamento ocorreu em 2021. A vítima, ao receber o pão de mel como presente, consumiu o doce e passou mal, necessitando de internação por vários dias. Durante o período de hospitalização, a vítima esteve entre a vida e a morte. Investigações subsequentes revelaram que o alimento continha carbofurano, um inseticida extremamente tóxico e proibido no Brasil desde 2017.
Jeferson Makyama, advogado da vítima, concedeu entrevista à imprensa na chegada ao tribunal. Ele expressou suas expectativas quanto ao julgamento, destacando a necessidade de uma resposta firme da sociedade de Cascavel contra esse tipo de crime.
“Primeiro que o júri saia, que aconteça, que seja realizado de uma tranquilidade que normalmente é o Tribunal do Júri aqui em Cascavel. E o que a sociedade de Cascavel precisa é uma resposta de que esse tipo de crime, um emprego de veneno de forma insidiosa, não pode ser tolerado aqui em Cascavel. É um crime que qualquer um pode ser vítima, que eventualmente a gente não sabe quem vai ingerir esse veneno. Pode ser uma criança, pode ser uma outra pessoa que não era destinada. Então nós esperamos uma resposta da sociedade de Cascavel que esse tipo de conduta não pode ser tolerada na cidade”, afirmou Makyama.
O réu enfrenta acusações de duas tentativas de homicídio: uma triplamente qualificada e outra duplamente qualificada. A gravidade do caso, segundo o advogado, está no método utilizado para cometer o crime. “O emprego de veneno era utilizado na Roma antiga, na Grécia, no século XII, XVIII, mas é um tipo de crime raro aqui em Cascavel, em todo o país, exatamente porque existe uma forma simulada de se praticar esse tipo de crime”, explicou o assistente de acusação.
A expectativa é de que o julgamento ocorra sem contratempos, apesar de questões técnicas processuais que precisam ser resolvidas no início da sessão. “Existem questões técnicas processuais que vão ser resolvidas aqui no começo do julgamento. Esperamos que o julgamento saia”, disse o advogado.
Sobre a possibilidade de condenação, Makyama comentou que a aplicação da pena cabe ao juiz, mas que, devido à gravidade das acusações, a pena poderá ser superior a 10 anos, caso o réu seja condenado por ambas as acusações.
O caso gerou bastante repercussão na comunidade de Cascavel, tanto pelo método utilizado quanto pelas circunstâncias envolvidas, que incluem uma relação extraconjugal entre a vítima e a esposa do acusado, ocorrida entre 2019 e início de 2020.
Notícias Relacionadas:
Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação
Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.
Participe do nosso grupo no Whatsapp
ou