
Pão de mel envenenado: Júri é cancelado por questões técnicas, diz defesa do acusado
O caso ocorreu em 2021 e chocou toda a comunidade cascavelense, que desde então esperava por um desfecho. A expectativa era que o acusado recebesse uma...

Publicado em

O júri do acusado de enviar um pão de mel envenenado ao suposto amante da esposa, que aconteceria na manhã desta terça-feira (14) foi cancelado. Para a realização da sessão, advogados, testemunhas, partes envolvidas, jurados e servidores foram mobilizados, porém o julgamento não aconteceu.
O caso ocorreu em 2021 e chocou toda a comunidade cascavelense, que desde então esperava por um desfecho. A expectativa era que o acusado recebesse uma pena superior a 10 anos devido a gravidade das acusações.
Conforme explicado pelo Advogado Cleber Evangelista, a defesa teria sido surpreendida com a juntada de vários documentos no processo, sem que pudesse se manifestar sobre a documentação, ferindo inúmeros direitos processuais, principalmente da ampla defesa.
Desta forma, a defesa pediu ao magistrado o cancelamento do júri, diante da ausência de condições técnicas para o prosseguimento normal da sessão e para que nulidades fossem evitadas.
Porém, o pedido foi indeferido pelo juiz, fato que fez com que a defesa, se retirasse do tribunal. Diante disso, uma nota data deverá ser agendada para a realização do júri popular.
Por outro lado, o Promotor Alex Fadel, enfatizou que não concordou com o adiamento da sessão. Para ele, é direito de todos que o processo e a resposta à sociedade sejam rápidos, considerando que o caso já tem mais de três anos.
Ele também destacou que a toda a documentação foi juntada dentro do prazo previsto em lei e, portanto, não houve nenhuma irregularidade, apesar de ter aceitado retirar os documentos impugnados pela defesa.
O Advogado assistente de acusação, Jefferson Makyama disse que toda a documentação, já havia sido anexada há cerca de uma semana, ou seja, dentro do prazo estipulado em lei, que é de três dias úteis. Para ele, a situação verificada hoje pode ser considerada uma estratégia de defesa e também uma fuga do plenário.
Relembre o caso
O acusado teria contratado um motoboy para entregar um pão de mel no condomínio da vítima, como se fosse um presente. O doce continha carbofurano, um tipo de inseticida muito tóxico e proibido no Brasil desde 2017.
A vítima ingeriu o alimento, passou mal e ficou internada por vários dias, entre a vida e a morte. O crime teria motivação passional, visto que a mulher do acusado e a vítima eram amantes.
Notícias Relacionadas:

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação
Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.
Participe do nosso grupo no Whatsapp
ou