
Ano termina e GMs envolvidos em agressão não foram responsabilizados
Passados mais de 45 dias da covarde agressão, o que se espera é que nestes casos, independente de quem seja o agressor, a responsabilização seja realizada de forma rápida...

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Por Fábio Wronski
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Com o passar do tempo, muitas coisas ficam no esquecimento e outras, por vezes, são lembradas.
Chegando ao fim do ano, um caso que segue sem solução é a responsabilização dos Guardas Municipais envolvidos na agressão do catador de recicláveis no Bairro XIV de Novembro, na Região Sul de Cascavel.
O crime foi flagrado por uma câmera de monitoramento e mostra o momento em que o trabalhador foi abordado pelos agentes e teve os pertences revistados. Num determinado momento, um dos servidores conversa de frente com o homem e, do nada, o agride com um tapa no rosto.
A vítima chega a cair com a força da agressão sendo que, em nenhum momento, teria esboçado reação.
O caso não viria a tona caso não tivesse sido registrado por câmeras, já que os demais agentes, que também participaram da abordagem, não registraram a ocorrência sobre o fato, deixando a questão num possível esquecimento.
Após toda a repercussão do vídeo, o qual foi divulgado em primeira mão pela CGN, a Secretaria de Segurança Pública do Município afastou os agentes, abrindo um processo administrativo.
O procedimento, tradicionalmente, tem prazo de 30 dias, porém, o principal agente envolvido na agressão, autor do tapa, apresentou um afastamento médico e durante este primeiro prazo, não teria sido ouvido.
Com isto, o período automaticamente se renovou para mais 30 dias e, até o momento, nenhuma medida sobre o caso foi tomada. O ano se encerra e a população ainda não teve uma resposta concreta sobre as medidas que serão tomadas; Lembrando que os agentes afastados seguem recebendo.
Inevitavelmente, a comparação do reverso cabe nesta questão. Imagine o que teria ocorrido com o catador de recicláveis caso tivesse dado o mesmo tapa no agente? Até mesmo se a questão não fosse flagrada por câmeras, ele certamente estaria preso.
Conforme o que foi informado à CGN, a Prefeitura de Cascavel teria identificado e localizado a vítima deste caso. Ela teria recusado qualquer acompanhamento médico e jurídico, possivelmente com medo de represálias.
Passados mais de 45 dias da covarde agressão, o que se espera é que nestes casos, independente de quem seja o agressor, a responsabilização seja realizada de forma rápida. O caso se agrava ainda mais quando parte de um órgão que deveria proteger a população e não provocar abusos de autoridade.
A equipe da CGN entrou novamente em contato com a Prefeitura de Cascavel, que informou não ocorreu nenhuma novidade sobre o caso, que seque no prazo legal de 60 dias para o fim do processo administrativo.
A Prefeitura de Cascavel está em recesso hoje e o caso deverá voltar a ser analisado após a virada do ano.
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