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Detentas da Cadeia Pública de Corbélia denunciam superlotação e condições desumanas

As detentas reivindicam melhores condições de vida e denunciam a superlotação da unidade...

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Por Silmara Santos

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Imagem referente a Detentas da Cadeia Pública de Corbélia denunciam superlotação e condições desumanas

Em uma carta enviada à CGN neste sábado (17), mulheres cumprindo pena na Cadeia Pública de Corbélia (CPCORB) denunciaram as condições precárias a que estão submetidas. As detentas reivindicam melhores condições de vida e denunciam a superlotação da unidade.

O documento, assinado pelas “reeducandas da Comarca de Corbélia”, é um apelo desesperado às autoridades competentes, incluindo o Poder Judiciário, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os Direitos Humanos, o Ministério Público e os meios de comunicação.

As mulheres relatam que a cadeia, projetada para abrigar no máximo 40 detentas, atualmente abriga 75. A superlotação é tão grave que, em algumas noites, é necessário fazer revezamento para dormir. Além disso, elas afirmam que há falta de colchões e cobertores, o que agrava ainda mais a situação com a chegada do rigoroso inverno de Corbélia.

A saúde das detentas também é uma grande preocupação. De acordo com a carta, algumas presas possuem problemas respiratórios, como asma e bronquite, e a falta de ventilação adequada na unidade prisional aumenta o risco de desenvolvimento de doenças pulmonares.

As detentas também denunciam a negligência por parte do Poder Judiciário e do Estado em relação aos processos de progressão de regime. Segundo elas, muitas presas têm o direito de progredir de regime, mas não recebem nenhum parecer sobre a situação jurídica.

As presas solicitam, por fim, que a CGN publique a carta para que as autoridades competentes tomem conhecimento e medidas urgentes sobre a situação. “Ninguém merece viver no esquecimento e além do mais passando por omissão de atenção dos órgãos competentes”, conclui a carta.

Confira a transcrição da carta na íntegra:

Nós reeducandas da Comarca de Corbélia, Viemos por meio desta carta pedir uma atenção das autoridades competentes, Poder Judiciário, OAB, Direitos Humanos, Ministério Público e outros meios de comunicação.
Viemos por meio desta respeitosamente pedir as autoridades competentes um pedido de atenção aqui na Comarca de Corbélia – PR onde viemos expor a nossa situação: a Vara de Execuções Criminal deve estar sabendo que a superlotação na Comarca tá esgotada. Uma comarca que a capacidade é para o máximo 40 mulheres está com 75 mulheres. Tem noites que tem revezamento para poder dormir enquanto as outras ficam acordadas. Nós estamos com falta de colchão, cobertas, estamos no mês de maio. o inverno é rigoroso e a saúde da gente fica com imunidade muito baixa. Tem cela que só tem 3 colchões, nós estamos passando por uma situação análoga ao abandono e omissão de socorro. Outra situação, é poucas presas que tem visita 1/3 da população e a situação jurídica é muito demorada e precária para quem não tem visita. Além da solidão, longe dos filhos, mãe, pai. O descaso com os processos é outro problema que perturba noite e dia, pois tem várias presas no direito de progressão de regime e elas não nem nenhum parecer sobre a situação jurídica, negligência por parte do Poder Judiciário, do Estado. Nós só queremos nossos direitos e benefícios, porque a nossa pena estamos cumprindo com muito sofrimento e escassez de tudo.
Também queremos reivindicar:
Questão da saúde: tem presas que tem problemas respiratórios (asma- bronquite) e o ambiente não oferece muita ventilação. Pedimos uma melhoria para aquelas preás que não tem visita. Pra nós sermos presas, mas somos seres humanos é sem muita ventilação, umidade. Gente dormindo no chão puro fica vulnerável a doenças pulmonares, como bronquite asmática, tuberculose, pontada, etc. Piolho, coceira, furúnculo, feridas. Nós tá pedindo ajuda humanitária para poder cumprir a nossa pena de forma digna e humana.
Pedimos a “CGN” que publique esta carta para que as autoridades competentes cuja faculdade outorga seus cargos que ponham o dedo na consciência. Aqui tem sim criminosas que cometeram crime, mas também tem mãe de família, e além do mais seres humanos. É um descaso público social e ético.
Ninguém merece viver no esquecimento e além do mais passando por omissão de atenção dos órgãos competentes.
Agradecemos a sua atenção
.

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