Acusada de sequestrar garotinha Eloah relata agressões na cadeia: “pegaram o cabo de vassoura e enfiaram em alguns orifícios”
Ela disse que foi espancada várias vezes e desmaiou em quatro episódios após apanhar dar colegas de cela ...
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Por Fábio Wronski
A mulher suspeita de sequestrar a pequena Eloah Pietra Almeida dos Santos, de um ano e sete meses, relatou em depoimento que foi brutalmente espancada por suas colegas de cela. A equipe de reportagem da CGN teve acesso ao depoimento da suspeita durante a audiência de custódia, onde a prisão preventiva foi decretada pelo juiz.
A suspeita teria ido até a casa da criança, enganado a mãe e raptado a menor, mantendo-a em uma residência desconhecida. As forças de segurança do estado do Paraná foram mobilizadas e conseguiram localizar a criança e prender a mulher.
Durante a audiência, a suspeita contou que não sofreu retaliações por parte da Polícia, mas que foi frequentemente espancada por suas colegas de prisão. Ela relatou que foi agredida várias vezes, com chutes na cabeça, pescoço e peito. Além disso, afirmou que as detentas colocaram toalhas em seu rosto e a ameaçaram de morte.
“Eu fui espancada várias vezes pelas detentas. Elas arrancaram um ponto, inclusive, do meu seio, tentando puxar. Elas me fizeram desmaiar quatro vezes. Elas me deram chutes na cabeça, no pescoço, no peito. Colocaram as toalhas na minha cara. Me juraram de morte depois dessa audiência. A porta está aberta. Todo mundo estava ouvindo o que estava acontecendo. Todos os agentes. Não sei qual que é a postura. Eu acho que eu vou me complicar com eles falando isso, só que sim. Quando eu pedi ajuda, eu escutei um ‘morra diaba'”, contou a presa.
A suspeita também relatou que estava muito machucada e que só parou de ser agredida quando foi levada para a solitária, pois as presas a juraram de morte.
“Eu pedi ajuda porque eu tô sentindo muita dor na altura da costela do seio, onde elas arrancaram e puxaram tudo. Eu estava usando ainda o sutiã, sem aro, sem nada de contenção. Elas arrancaram também. Eu não pude entrar nem com prendedor de cabelo. Isso aqui fui eu que fiz. Inclusive, só que tem uma delas lá que tá com máscara, aquelas máscaras de fio, e tá manuseando. Elas juraram que até três horas da manhã vão me matar.”
Por fim, ela afirmou que as detentas tiveram acesso a cabos de vassoura e utilizaram o objeto para agredi-la.
“Pegaram o cabo de vassoura e enfiaram em alguns orifícios. Falaram que vão enfiar em outros orifícios também. Quando tava ficando muito feio, muito feio. Eu já tinha desmaiado mais de quatro vezes. Eles me trouxeram para essa jaulinha ali que tem, que é a solitária que chama, não sei. E se for para eu ficar aqui, eu prefiro ficar na solitária, por favor. Só me dando um balde para fazer minha necessidade. Eu tô sem beber água desde cedo, porque elas não deixam”
O juiz que presidiu a audiência de custódia determinou que a suspeita fosse mantida em uma cela isolada para evitar novas agressões.
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