A pedido do Ministério Público, Judiciário suspende liminarmente contrato no valor de R$ 11 milhões do Município de Imbaú com empresa de gestão de frota

A contratação foi feita por pregão eletrônico com indícios de irregularidades, apontados pelo MPPR antes da contratação – a Promotoria de Justiça, inclusive, chegou a emitir......

Publicado em

Por Ministério Público do Paraná

O Ministério Público do Paraná obteve no Judiciário decisão liminar suspendendo de imediato um contrato no valor de R$ 11 milhões firmado em 2023 pelo Município de Imbaú, nos Campos Gerais, com uma empresa de gestão de frota. O pedido foi feito em ação civil pública por ato de improbidade administrativa ajuizada por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Telêmaco Borba, sede da comarca.

A contratação foi feita por pregão eletrônico com indícios de irregularidades, apontados pelo MPPR antes da contratação – a Promotoria de Justiça, inclusive, chegou a emitir recomendação administrativa à prefeita para que o processo licitatório fosse suspenso. A recomendação, entretanto, não foi acatada.

A maior irregularidade apontada pelo Ministério Público foi o valor “completamente desproporcional e desarrazoado” do contrato, “tendo em vista que o montante corresponde a cerca de 20% da receita prevista para o ano de 2023” para o Município. Ademais, empresa contratada para fazer os mesmos serviços de manutenção, conservação e reparação da frota de 110 veículos de Imbaú nos anos anteriores recebeu valor muito menor, de aproximadamente R$ 1,9 milhão.

Comparações – Outros municípios também tiveram contratos semelhantes por preços muito mais baixos, inclusive com a mesma empresa contratada por Imbaú. A Promotoria de Justiça apresenta como exemplos na ação contratos semelhantes, em valores bem inferiores, pactuados com outros Municípios, como Presidente Venceslau (SP), por R$ 1,5 milhão, para uma frota de 190 veículos; Morretes (PR), por R$ 2,155 milhões (111 veículos); Gavião Peixoto (SP), por R$ 800 mil (97 veículos).

O MPPR relata ainda que “no contrato n° 232/2023 […], firmado entre o Município de Imbaú-PR e a empresa requerida, não há descrição do valor unitário de cada um dos serviços que serão prestados, não havendo possibilidade de conferência se esses valores estão dentro do valor de mercado, sendo estipulado apenas o valor limite do contrato”, concluindo ser evidente “o conluio dos requeridos em fraudar o erário municipal”.

Além do pedido liminar, já concedido, o Ministério Público requer a condenação da prefeita por ato de improbidade administrativa, com a aplicação das sanções previstas na legislação (como perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa, entre outras), bem como a condenação da empresa às sanções da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013), como pagamento de multa, perda dos valores obtidos da infração e proibição de contratação com o poder público, entre outras.

[email protected]

Fonte: MPPR

Notícias Relacionadas:

Judiciário atende ação proposta pelo MPPR em Iporã e impõe bloqueio de bens de casal que vendeu terreno por valor superfaturado ao Município
MPPR cumpre mandados de busca em investigação sobre uso de cargo público de vereador para burlar fila de exames do SUS em Cornélio Procópio
Judiciário acata embargo proposto pelo MPPR em ação que condenou ex-prefeito de Goioerê e ex-servidores por ato de improbidade administrativa
MPPR emite recomendação administrativa para que Prefeitura de Bom Sucesso suspenda dois concursos públicos atualmente em curso
MPPR em Maringá cobra o ressarcimento aos cofres públicos de valores gastos em obra na pista de caminhadas do Parque do Ingá
MPPR cobra de ex-prefeito de Quatro Barras e de empresa a devolução aos cofres municipais de valores pagos por oxímetros durante a pandemia de Covid-19
MPPR em Quatro Barras cobra de ex-prefeito e empresa a devolução aos cofres municipais de valores pagos em oxímetros durante a pandemia da Covid-19
MPPR propõe ação contra ex-vereadores, empresários e construtoras para ressarcimento de quase R$ 328 mil aos cofres municipais de Quatro Barras
A pedido do MPPR após suspeitas de fraudes, Judiciário determina suspensão de concurso público realizado em março pela Câmara Municipal de Guaratuba
MPPR em Jacarezinho recomenda a Executivo e Legislativo municipais a anulação de contrato indevido de doação de imóvel a empresa privada
Gepatria, Gaeco e Polícia Civil cumprem 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Helena e Missal no âmbito da Operação Conluio
Gaeco e Gepatria deflagram operações que tratam do recebimento de vantagens indevidas por servidores públicos de Guarapuava
Gaeco e Gepatria deflagram operações que tratam do recebimento de vantagens indevidas por servidores públicos de Guarapuava
Centro de Educação Infantil em Centenário do Sul é reformado com recursos provenientes de acordo firmado com o Ministério Público do Paraná
Rodeio no município de Marquinho é suspenso por suspeita de irregularidades em licitação
Ministério Público do Paraná emite recomendação para que Município de Castro tome providências para evitar estacionamento irregular no Parque Lacustre
MPPR recomenda que Município de Paranaguá coloque identificação em todos os veículos da frota municipal e proíba seu uso para interesses particulares
Município de Iporã atende recomendação do MPPR e cancela pagamento de auxílio-moradia a três médicos que já tinham residência fixa antes de serem contratados
Atendendo recomendação do Ministério Público do Paraná, município de Marialva altera legislação e exonera 12 servidores comissionados em situação irregular
MPPR em Ivaiporã firma Acordo de Não Persecução Cível com ex-prefeito do mandato 2000-2003 que vai resultar na devolução de R$ 1.394.941,26
Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile