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Advogado da família acredita que tentativa de fuga pode ter matado o pequeno Fernando arrastado

Helio Ideriha Junior expressou a intenção de buscar justiça para o caso do atropelamento com morte do menino de 9 anos ...

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Por Fábio Wronski

Na manhã desta quarta-feira (19), o representante legal da família do menino Fernando Lorenzo Souza Gehlen, que foi atropelado e morto na última sexta-feira (14), na Rua Paraná, em Cascavel, falou à imprensa.

O advogado Helio Ideriha Junior expressou a intenção de buscar justiça para o caso, que envolveu um Fiat Stilo, o qual avançou a preferencial pela Avenida Piquiri e colidiu contra uma motocicleta que seguia na Rua Paraná, atropelando o menino de nove anos.

Ideriha, que assumiu o caso como assistente de acusação, está buscando que a acusação seja de homicídio com dolo eventual e que a motorista seja julgada em Júri Popular. O advogado destacou que o tempo de reação da motorista e o fato de ela não ter acionado os freios após a colisão chamaram sua atenção.

Segundo ele, uma testemunha ocular afirmou que a motorista estava olhando para o celular no momento do acidente. Além disso, Ideriha Junior acredita que a motorista tentou fugir após o atropelamento, pois o carro não estava desgovernado e a motorista não acionou o freio.

“E já na primeira imagem do vídeo me chamou a atenção o tempo de reação e o não acionamento dos freios do carro após a batida com a moto e principalmente após o atropelamento. Entre o primeiro impacto com a moto e o acionamento do freio lá na frente foram mais de 5 segundos, completamente atípico e anormal depois de uma colisão”

advogado Helio Ideriha

O advogado informou que o escritório contratou uma empresa especializada em reconstituição de acidentes de trânsito para apurar toda a dinâmica do acidente e apontar os dolos praticados pela motorista. O software utilizado para isso é o Virtual Crash 5, desenvolvido pelo Departamento de Defesa norte-americano em parceria com a Universidade de Oxford.

“Vamos demonstrar que o veículo estava sob controle e se ele estava sob controle, o acionamento dos freios era opcional e não foi acionado”

advogado Helio Ideriha

Ideriha Junior também destacou o clamor popular pelo caso, mas enfatizou que o processo está sendo cumprido à regra e que não há motivos para a prisão da motorista neste momento.

“A questão de ser ouvida e liberada é porque a regra é que se responda ao processo solto. A prisão deve ser uma exceção. A Polícia Civil de Cascavel sempre fez um ótimo trabalho, sempre foi um motivo de orgulho para nós. O doutor Pedro Fontana, o delegado, é um delegado extremamente competente, inclusive vou me reunir com ele ainda hoje para debater a produção de algumas provas”

advogado Helio Ideriha

Ele concluiu que acredita que a motorista poderia ter seguido com a fuga, caso não tivesse visualizado que ainda estava atropelando o garotinho.

“As imagens mostram também que ela atropela e tenta seguir caminho e quando a mãe sai correndo, gritando, talvez esse momento ela tenha tomado a decisão de interromper esse movimento de fuga. Mas me parece, pelo que ainda não temos o laudo de necropsia, mas me parece que sim, há lesões que podem ser do arrasto, do arrastamento do Fernando e isso pode ter sido crucial”

advogado Helio Ideriha

A Polícia Civil segue com as investigações e tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público. O promotor responsável pelo caso definirá como será oferecida a denúncia para a motorista. No fim do processo, o juiz responsável pelo caso deverá verificar se dará a possível sentença sobre o caso ou o encaminhará para o Júri Popular.

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