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“Ela matou meu filho”: Mãe de Nando reúne forças para lutar por justiça

Inconformada com a morte do pequeno e com a impunidade da motorista que dirigia o carro que atropelou Nando, mesmo em luto, Mônica ainda está reunindo...

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Por Isabella Chiaradia

Mônica Souza, mãe de Fernando Lorenzo Souza Gehlen, que precocemente perdeu a vida em um acidente de trânsito ocorrido na noite de 14 de junho na Avenida Piquiri esquina com a Rua Paraná, conversou com a equipe da CGN e fez um pedido emocionado de justiça.

Inconformada com a morte do pequeno e com a impunidade da motorista que dirigia o carro que atropelou Nando, mesmo em luto, Mônica ainda está reunindo forças para lutar em memória do filho para que a condutora seja responsabilizada.

Para Mônica, a morte do Nando não foi um acidente. Ela relembrou que precisou correr atrás do veículo para que a motorista freasse o carro, além de ter implorado por ajuda ao ver que o filho estava gravemente ferido: “Ela não me deu ajuda, ela não chegou perto do meu filho. Ela não ligou para a emergência, ela tentou fugir sim. Ela não ligou pra ninguém, só para o marido. A única coisa ela fez foi tirar a vida do meu filho”.

A mãe de Nando também acredita que a motorista do carro estava utilizando o celular quando atropelou a criança, além de acreditar que as atitudes tomadas pela condutora demonstram, claramente, a intenção de fugir, considerando o tempo que demorou para acionar os freios do veículo ao subir na calçada onde ocorreu o atropelamento: “Se ela não tivesse tentado fugir, meu filho estaria vivo. O que matou meu filho foi ela na tentativa de fuga, passando por cima da cabecinha dele e arrastando ele”.

Em prantos, Mônica relembrou que apenas ficou sabendo da morte do filho horas após o acidente, quando estava sendo atendida na UPA Tancredo: “Ela já tinha sido ouvida na Delegacia e já estava em casa, enquanto eu nem sabia que meu filho estava morto”.

“Como que uma pessoa tira a vida de uma criança e fica solta?” Essa é a única pergunta que uma mãe que perde um filho de apenas nove anos de idade e de forma tão trágica consegue fazer. Essa é a única pergunta que ela espera que seja respondida, de forma correta, pela justiça: “eu imploro do fundo do meu coração por justiça pelo Nando”.

Após a morte de um filho, como conviver com o luto?

Na tarde de segunda-feira (08) a Polícia Civil concluiu as investigações do acidente, autuando a motorista por homicídio culposo e lesão corporal, mantendo a investigada em liberdade.

Para Mônica, a sensação de impunidade, assim como a dor da perda e o luto, são indescritíveis: “cada gota do meu sangue tem a dor. O meu filho, o meu Nando é tudo que eu tenho na vida. Essa dor eu não desejo pra ninguém.

Após quase um mês da morte do Nando, Mônica ainda não conseguiu retomar a rotina ou voltar ao trabalho: “como eu viver se meu filho era minha vida? A minha vida inteira gira em torno do meu filho”.

Diante de tanto sofrimento, a única esperança de Mônica é, que quem ficar responsável pelo caso, consiga analisar todas as provas (vídeos, fotos e áudios) e entregue a justiça almejada pela perda do filho, que eternamente será amado e lembrado por ela.

Nando era apaixonado pelo caminhão do Corpo de Bombeiros

Durante a entrevista, Mônica citou por várias vezes o nome “Wellington”. Mas quem era ele? Wellington foi uma das principais pessoas que tentou ajudar e socorrer o pequeno Nando. Ele utilizou os conhecimentos aprendidos durante o tempo em que trabalhou no Samu, e prestou os primeiros socorros à criança antes da chegada das ambulâncias.

Como forma de agradecimento, a mãe de Mônica deu a Wellington um dos brinquedos preferidos do filho, um caminhãozinho dos Bombeiros. O menino era apaixonado pelo veículo e admirava o trabalho do Corpo de Bombeiros.

Por uma triste coincidência, os socorristas do Siate, responsáveis pelo Atendimento Pré-Hospitalar prestado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, também estiveram presente no local do acidente e ajudaram a socorrer a criança.

Que Fernando Lorenzo seja um símbolo de justiça e luta contra a imprudência no trânsito para que mais nenhuma vida inocente seja perdida de forma cruel e precoce.

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