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Imagem referente a TCE-PR paga altos salários para cargos comissionados enquanto o paranaense ‘rala’
Crédito: Tribunal de Contas do Paraná

TCE-PR paga altos salários para cargos comissionados enquanto o paranaense ‘rala’

Dentre os cargos comissionados, a distribuição salarial é alarmante. Apenas três cargos receberam até R$ 5 mil, enquanto a maior parte – 84 cargos – teve...

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Por Redação CGN

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Imagem referente a TCE-PR paga altos salários para cargos comissionados enquanto o paranaense ‘rala’
Crédito: Tribunal de Contas do Paraná

Ao examinar os recentes dados salariais do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), emerge um cenário preocupante que reflete disparidades econômicas e questiona a ética dos gastos públicos. O levantamento feito pela CGN indica que em dezembro, 167 cargos comissionados no TCE-PR receberam um total de R$ 2.485.309,95, excluindo o 13º salário. Estes números destacam uma questão crucial: enquanto a maioria dos paranaenses enfrenta desafios econômicos, uma pequena parcela desfruta de salários desproporcionalmente altos, custeados pelo erário público.

Dentre os cargos comissionados, a distribuição salarial é alarmante. Apenas três cargos receberam até R$ 5 mil, enquanto a maior parte – 84 cargos – teve salários entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Além disso, um cargo alcançou o patamar acima de R$ 30 mil. Em um estado onde o salário médio da população raramente se aproxima destes números, tais disparidades salariais são difíceis de justificar.

Ao olhar para os gastos dos conselheiros com cargos comissionados, a desigualdade se torna ainda mais evidente. O gabinete do conselheiro Maurício Requião de Mello e Silva lidera com gastos de R$ 250.951,20, um valor que contrasta fortemente com o menor gasto registrado pelo conselheiro Ivens Zschoerper Linhares, de R$ 30.621,58. Essa variação nos gastos sugere não apenas uma inconsistência na alocação de recursos, mas também levanta questões sobre critérios de remuneração e necessidade real desses altos salários.

Curiosamente, segundo análises da CGN, esta disparidade salarial tende a se atenuar quando comparados os gastos dos conselheiros entre cargos comissionados e efetivos, um dado que será explorado em outra reportagem, mas que já podemos antecipar que os valores se invertem entre os gabinetes.

A situação no TCE-PR não apenas reflete uma aparente falta de equilíbrio na distribuição de renda, mas também levanta questões éticas sobre a responsabilidade fiscal. Em um momento em que muitos cidadãos enfrentam dificuldades financeiras, esses altos salários financiados por dinheiro público podem ser vistos como um reflexo de um sistema desequilibrado, onde o privilégio e o acesso ao poder se traduzem em benefícios econômicos significativos.

Além disso, há a questão da transparência e da responsabilidade. Enquanto os números são públicos, o processo e os critérios que levam a tais salários elevados muitas vezes permanecem opacos. Isso reforça a necessidade de uma discussão mais ampla sobre a remuneração no setor público, buscando maior equidade e justiça na distribuição dos recursos públicos.

Portanto, esses dados não apenas iluminam as diferenças salariais dentro do TCE-PR, mas também desafiam os parâmetros de justiça e equidade social.

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