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Caso Gabriel Baiça: Para advogado de acusação, a tese de legítima defesa não tem fundamento; “O agressor não estava se defendendo, mas sim atacando”

Gabriel tinha 25 anos de idade quando foi morto com golpes de canivete após uma confusão na fila de drive-thru de uma lanchonete localizada na Avenida...

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Por Isabella Chiaradia

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O advogado da família de Gabriel Baiça e assistente de acusação, Demetryus Eugenio Grapiglia, conversou com a CGN e deu mais detalhes sobre o andamento processual do caso.

Gabriel tinha 25 anos de idade quando foi morto com golpes de canivete após uma confusão na fila de drive-thru de uma lanchonete localizada na Avenida Brasil no Centro de Cascavel, em maio de 2022.

O advogado conta que foi proferida a sentença de pronúncia, de modo que o acusado, Adinei Anélio Rotta, será julgado perante o Tribunal do Júri, tendo em vista os indícios de autoria e materialidade do crime.

Diante desta sentença, é cabível a apresentação de recurso, chamado Recurso em Sentido Estrito, o qual já foi manejado pela defesa de Adinei. Sobre isso, no entendimento de Demetryus, “existe uma possibilidade ínfima de que o acusado não vá ser levado ao Tribunal do Júri, mas não podemos descartar esta possibilidade”.

O advogado entrevistado ainda conta sobre as intenções da família, em especial da mãe de Gabriel. Para ela, o maior desejo é que o agressor seja punido pelas vias legais.

Ele destaca que, além do julgamento na esfera penal, também há a possibilidade de reparação na esfera cível, em razão do dano moral sofrido pela perda de um ente querido, sendo que a grande intenção da mãe da vítima é a busca pela justiça em razão morte de seu filho.

Quanto a alegação da defesa do acusado de que o crime ocorreu em legítima defesa, Demetryus entende que esta tese não tem fundamento, visto que “as imagens falam por si só”, podendo concluir que o agressor não estava se defendendo, mas sim atacando. Nesse sentido, o causídico questiona: “quem vai comprar um remédio, quem sai para ir a farmácia e sai armado com um canivete?”

Além disso, ele também destaca o fato de que Adinei já tinha um histórico de violência, embora não tenha sido condenado anteriormente, sendo que as imagens do fato que vitimaram Gabriel, no entendimento do advogado, são contundentes e mostram que “foi um crime brutal, por motivo fútil, torpe, cruel, que impossibilitou totalmente a defesa da vítima, de modo que é inaceitável uma situação dessas”.

Quanto a experiência profissional, Demetryus conta que, geralmente, atua na defesa de acusados de terem cometido crimes dolosos contra a vida, e que estar atuando como assistente de acusação no caso de Gabriel Baiça é algo bastante diferente.

No entanto, ele lembra que profissão de advogado pode ser exercida em todo o território nacional e que é um dever lutar pela justiça, sendo que “a justiça está do lado da família do Gabriel e tenho certeza de que ela será feita”, finaliza Demetryus.

Entrevista com a mãe de Gabriel

No canal do YouTube mantido pelo advogado, foi divulgada uma entrevista com a mãe de Gabriel Baiça, Adriana Braz Borges, em que ela conta as expectativas em relação ao caso e o processo de luto enfrentado pela família.  

Na conversa, o causídico lembra que a genitora de Gabriel estava grávida na ocasião da morte da vítima, sendo que a família vivia um momento muito feliz, que foi rompido com crueldade no dia em que a vida de Baiça foi ceifada.

Diante disso, Adriana espera que o assassino seja preso e que a justiça seja feita, pois “toda a população chorou comigo e vive isso comigo. Eu peço a ajuda da população de Cascavel para brigar comigo”, para que não seja a mãe ou o pai de outra pessoa que esteja chorando no futuro.

Com lágrimas, a mãe de Gabriel lembra: “meu filho estava no auge, trabalhando, feliz. Naquele momento a gente que vê que ele estava sem entender o que estava acontecendo, totalmente sem reação. Ele não provocou nada daquilo. Que a justiça seja feita, só isso que eu quero”.

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