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“Ele não é um cachorro, que morreu, enterrou e acabou”, diz pai do vigilante Lucas da Silva

Durante a manifestação, o pai de Lucas, Lindomar Resende da Silva, concedeu entrevista à CGN, relatando a angústia da família diante da falta de informações. Segundo...

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Por Paulo Eduardo

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Na noite de quarta-feira (17), a Praça da Bíblia, em Cascavel, foi palco de uma manifestação organizada por familiares, amigos e colegas de Lucas Fernando da Silva, vigilante cascavelense de 23 anos. O jovem morreu após ser atropelado por um trator em área de conflito fundiário no município de Iguatemi, durante uma tentativa de invasão de indígenas no Mato Grosso do Sul a propriedades particulares. O objetivo do ato foi exigir esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte e cobrar providências das autoridades e da empresa para a qual ele trabalhava.

Durante a manifestação, o pai de Lucas, Lindomar Resende da Silva, concedeu entrevista à CGN, relatando a angústia da família diante da falta de informações. Segundo Lindomar, já se passaram 31 dias desde o falecimento do filho, sem que a família tenha recebido esclarecimentos sobre o ocorrido.

“Hoje é 31 dias da morte do meu filho, infelizmente a família não tem notícia de nada. Simplesmente foi uma notícia que ele morreu de um acidente, porém ainda não foi comprovado isso aí pela Polícia Federal do Estado do Mato Grosso. Nós não temos o laudo da polícia até o instante, no momento”, afirmou Lindomar.

O pai do jovem também cobrou posicionamento da empresa para a qual Lucas trabalhava na Escolta Armada. “Nós queremos que a empresa se manifeste, ou através de jornal, ou com a família também. Porque são 31 dias, como já falei, que se passou, a empresa simplesmente nos abandonou. Até em questões trabalhistas, dele, pagamentos não foram feitos. Simplesmente nenhum telefonema nos deu até agora”, declarou.

Lindomar também mencionou o impacto emocional da perda sobre a família, destacando que a mãe de Lucas está sob tratamento psicológico e afastada do trabalho. “Hoje nós, família, amigos, nós procuramos justiça. Que a empresa venha nos fornecer alguma coisa do que realmente aconteceu”, disse.

O relato do pai aponta dúvidas sobre a versão de acidente, mencionando que há evidências que estão sendo apuradas pela família e que podem indicar outra causa para a morte. “Se realmente foi um acidente, nós vamos ficar tranquilos. E se não foi um acidente? Porque nós temos evidência de fato, que nós já estamos apurando, que pode não ter sido um acidente. É isso que a gente está correndo atrás hoje”, afirmou.

Lindomar também relatou inconsistências nos horários das informações recebidas sobre a morte do filho. “Ele era 8:06 da manhã, ele falou comigo. Ele morreu às 9:15 da manhã, a empresa era 11:20. Eu entrei em contato com a empresa, eles falaram que ele estava no hospital, ele já estava morto. Foi às 2h e 48 da tarde, no domingo eu estava de plantão trabalhando, que me ligaram que ele tinha morrido. Por que eles vão me tirar essa informação se o piá morreu às 9:15 da manhã? Então está tudo muito escuro isso aí”, concluiu.

A família segue aguardando respostas das autoridades do Mato Grosso do Sul e da empresa, enquanto busca justiça e esclarecimentos sobre a morte de Lucas Fernando da Silva.

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