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Imagem referente a Laudo confirma que vigilante cascavelense Lucas da Silva morreu após ser atropelado por trator

Laudo confirma que vigilante cascavelense Lucas da Silva morreu após ser atropelado por trator

O acidente ocorreu em área de conflito no Mato Grosso do Sul; Um indígena também morreu baleado na cabeça ...

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Por Fábio Wronski

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Imagem referente a Laudo confirma que vigilante cascavelense Lucas da Silva morreu após ser atropelado por trator

Foi confirmado, por meio de laudo da Polícia Científica do Mato Grosso do Sul, que o vigilante Lucas Fernando da Silva, funcionário de uma empresa de segurança privada de Cascavel, morreu após ser atropelado por um trator em área de conflito fundiário no município de Iguatemi. O acidente ocorreu durante uma tentativa de invasão de indígenas no Mato Grosso do Sul a propriedades particulares.

De acordo com informações apuradas, Lucas atuava em uma fazenda vizinha à área da Retomada Pyelito Kuê, instalada na Fazenda Cachoeira, quando se envolveu no acidente fatal. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao hospital, mas, devido à gravidade das lesões – ruptura hepática e choque hemorrágico –, não resistiu. O corpo do cascavelense foi trasladado para Cascavel na segunda-feira (17), onde teve início o velório.

No mesmo contexto de conflito, um indígena da etnia Guarani-Kaiowá, Vicente Fernandes, de 36 anos, também morreu nas imediações. Segundo relatos e informações da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Vicente foi morto com um tiro na nuca. A Sejusp confirmou oficialmente as duas mortes em nota divulgada no domingo (16) e informou que outras duas pessoas permanecem hospitalizadas. Um indígena suspeito de envolvimento no crime, também ferido, foi detido pela Polícia Militar e encaminhado à Polícia Federal.

A Sejusp destacou que as forças de segurança estaduais prestaram apoio às equipes federais durante a operação, mas, por decisão judicial, a Polícia Militar não realizava segurança ostensiva na área no momento dos fatos.

Em nota, a empresa Tavares Segurança, empregadora de Lucas Fernando da Silva, lamentou profundamente a morte do funcionário e afirmou colaborar integralmente com as autoridades, fornecendo todas as informações necessárias com transparência e rigor técnico. A empresa declarou ainda prestar suporte à família do vigilante e reafirmou seu compromisso com ética, responsabilidade e segurança. A direção da Tavares Segurança informou que não trabalha com hipóteses ou especulações, e que qualquer informação oficial será divulgada somente após a conclusão das investigações.

A região da Fazenda Cachoeira é marcada por disputas fundiárias históricas, envolvendo reivindicações territoriais dos povos Guarani e Kaiowá. A principal organização política indígena, Aty Guasu, afirmou que ataques ao grupo começaram na semana anterior ao confronto, e divulgou vídeos em que indígenas aparecem correndo para se proteger enquanto tiros são disparados. Segundo a entidade, mais de 40 pessoas estavam acampadas no local, e 10 dos 12 barracos teriam sido incendiados após a invasão.

A Polícia Federal, por meio da Delegacia de Naviraí, informou que investiga a morte de Vicente Fernandes, ocorrida durante o conflito na zona rural de Iguatemi. Equipes da PF e do Instituto de Criminalística estiveram no local, recolhendo cápsulas, material biológico e depoimentos de indígenas presentes. Duas espingardas calibre 12, utilizadas por seguranças privados da fazenda, foram apreendidas e encaminhadas para perícia. Com base nos levantamentos iniciais, dois suspeitos foram identificados, sendo que um deles foi reconhecido por um indígena ferido e teve a prisão em flagrante lavrada. As investigações prosseguem.

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