Programa de hortas sob linhas da Copel chega a dez cidades e terá novas unidades em 2025
No decorrer de 2024, as seis hortas inauguradas foram Parigot de Souza III e a Mundo Ideal, em Londrina; Jardim Roma, em Almirante Tamandaré; Dembinski II......
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Por CGN
O programa Cultivar Energia, que promove a implantação de hortas comunitárias em terrenos sob as linhas de alta tensão da Copel, teve seis novas unidades instaladas no Paraná ao longo de 2024. Com isso, as hortas comunitárias participantes agora estão em dez municípios do Estado, totalizando 24 unidades. Nestes espaços, cerca de 650 famílias produzem alimentos sem agrotóxicos, usados para consumo próprio e também para venda, gerando renda e qualidade de vida para aproximadamente 2,5 mil pessoas.
No decorrer de 2024, as seis hortas inauguradas foram Parigot de Souza III e a Mundo Ideal, em Londrina; Jardim Roma, em Almirante Tamandaré; Dembinski II e a Semear, em Curitiba; e a Vale do Sol, em Foz do Iguaçu. Para 2025, pelo menos outras nove unidades novas deverão se somar ao Programa Cultivar Energia.
Em operação desde 2013, o programa está presente hoje em Almirante Tamandaré, Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Siqueira Campos e Umuarama. Nesta semana, São José dos Pinhais entrará para a lista, com sua primeira unidade instalada no Jardim Itália.
As prefeituras que adotam o programa Cultivar Energia fornecem assistência técnica para a agricultura urbana. Cabe à Copel ceder o uso do espaço, realizar a limpeza do local, instalar cercas e fornecer orientação contínua sobre segurança.
Para muitos moradores, a presença de uma horta comunitária no bairro é uma oportunidade de transformar a rotina, retomando o contato com a natureza e fortalecendo os laços sociais dentro da comunidade. É o que relata a aposentada Leonor Rodrigues da Silva, que participa das atividades em uma unidade instalada no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC), inaugurada em 2023.
Ela conta que uma de suas primeiras atividades foi aprender a fazer adubo orgânico por meio de compostagem, e comemora a chance de ter mais convivência com os moradores da comunidade: “Eu gosto muito. Enquanto eu puder, eu venho”, afirma.
Um dos moradores que se mobilizaram para a implantação da horta na CIC, Admar Augusto Calixto, passa as manhãs cuidando dos canteiros onde planta ervas medicinais, um hábito que ele considera bom para o corpo e a mente. “Trabalhar aqui é muito bom para a saúde”, resume.
Na rotina de manejo, os horticultores têm como obrigação respeitar normas de segurança como, por exemplo, não trabalhar na área em dias chuvosos, não usar fios metálicos nos canteiros e não permitir que as plantas cultivadas ultrapassem dois metros de altura.
DIA A DIA – Além da produção de verduras, legumes e até flores nos canteiros, a ocupação dos espaços pelas hortas comunitárias contribui ainda para a manutenção e limpeza das faixas de segurança sob as linhas de alta tensão, evitando que estas locais se tornem alvo de descarte de resíduos ou de queimadas, por exemplo.
Rafael Garcia Carmona, assistente social da Copel, lembra que esse tipo de cuidado beneficia a sociedade como um todo, ao evitar um impacto ambiental negativo e, ainda, evitar que ocorram desligamentos. “Um dos objetivos é assegurar a preservação das faixas de segurança das linhas de transmissão, algo muito importante para o setor elétrico”, diz.
“Acredito que o programa está, a cada ano, obtendo mais espaço e conhecimento da comunidade em geral”, afirma Regivaldo Anastácio, técnico administrativo da Unidade de Sustentabilidade de Londrina e um dos coordenadores das atividades de implantação e manutenção das hortas. “Para este ano temos perspectivas para mais duas hortas em São José dos Pinhais, além de Ponta Grossa, Londrina e Francisco Beltrão”.
Fonte: AEN
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