Médico denunciado pelo MPPR em Maringá por crimes sexuais contra ao menos 33 vítimas é condenado a 35 anos de prisão e tem titulação em ginecologia cassada
Foram identificadas pelo menos 33 vítimas do médico, que, conforme a sentença condenatória, aproveitava-se da profissão para cometer os crimes de violação sexual mediante fraude e violência......
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Em Maringá, no Norte Central do estado, um médico ginecologista denunciado pelo Ministério Público do Paraná por crimes sexuais foi condenado a 35 anos, 1 mês e 9 dias de reclusão em regime inicial fechado. Além disso, ele deverá pagar R$ 15 mil a cada uma das vítimas a título de indenização e teve cassada sua titulação em ginecologia e suspenso o direito de exercer a medicina.
Foram identificadas pelo menos 33 vítimas do médico, que, conforme a sentença condenatória, aproveitava-se da profissão para cometer os crimes de violação sexual mediante fraude e violência psicológica contra a mulher.
De acordo com a denúncia, o réu, “na condição de médico ginecologista e obstetra, durante a realização de exames e consultas ginecológicas e obstétricas, inclusive em procedimentos cirúrgicos, passou a praticar condutas anômalas e destoantes da boa praxe e literatura médica, em detrimento do pudor e dignidade sexual de várias pacientes, com o intuito de satisfazer sua luxúria, lascívia sexual e concupiscência, cujos crimes contra a dignidade sexual ocorreram entre os anos de 2017 a 2022, todos dentro do consultório médico do ora denunciado […] e no Hospital em que o mesmo prestava seus serviços médicos, consistente em atos e condutas que violaram a dignidade sexual de suas pacientes mulheres, na grande maioria dos casos, mediante carícias libidinosas […] e outros comportamentos libidinosos”.
O réu poderá recorrer da sentença em liberdade. Tendo em vista que ele é filiado a partido político, havendo inclusive concorrido ao cargo de deputado estadual, a sentença condenatória determinou ainda a comunicação da condenação ao Tribunal Regional Eleitoral para suspensão de seus direitos políticos.
O processo tramita sob sigilo, para proteção das vítimas.
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Fonte: MPPR
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