Calúnia ou direito de expressão? Justiça arquiva interpelação judicial feita por Edgar Bueno contra vereadores em Cascavel
O Ex-prefeito de Cascavel Edgar Bueno teria sido acusado de "Lesar Erário Público" por Vereador....
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Por Redação CGN
O vereador Sebastião Madril da Silva, do município de Cascavel, enfrentou um pedido de interpelação judicial movido pelo ex-prefeito Edgar Bueno. O motivo do pedido foi a alegação de calúnia, feita durante uma sessão extraordinária na Câmara Municipal em 29 de fevereiro de 2024. Edgar Bueno alegou que as declarações de Madril, relacionadas à votação do Projeto de Decreto Legislativo nº 20/2023, mancharam sua reputação como gestor público e foram parte de um plano para impedir sua participação nas eleições futuras .
A sessão discutia a rejeição do parecer prévio nº 182 de 2020, que havia aprovado com ressalvas as contas de 2016 da gestão de Edgar Bueno, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Segundo Edgar, a rejeição do parecer visava minar sua elegibilidade ao sugerir irregularidades na sua administração.
Em sua defesa, Madril destacou que seu pronunciamento baseou-se no entendimento das contas de 2016 e no parecer técnico emitido pela Comissão Técnica do Tribunal de Contas e pelo Ministério Público de Contas do Estado, que consideraram as contas irregulares. Além disso, Madril afirmou que sua imunidade parlamentar lhe conferia proteção contra processos judiciais por opiniões e votos emitidos no exercício do mandato.
O Ministério Público, após análise, requereu o arquivamento do processo, argumentando que as explicações fornecidas por Madril eram satisfatórias e o objetivo da interpelação foi alcançado conforme previsto no artigo 144 do Código Penal. O juiz Osvaldo Alves da Silva acolheu o parecer do Ministério Público e determinou a extinção e o arquivamento do processo.
Processo Contra Sidnei Mazutti
Outro caso envolveu o vereador Sidnei Mazutti, também notificado por Edgar Bueno por supostos crimes contra a honra. A situação foi similar, ocorrendo na mesma sessão extraordinária da Câmara Municipal de Cascavel. Mazutti teria feito declarações que Edgar considerou difamatórias, prejudicando sua imagem e sugerindo irregularidades na gestão de 2016 .
Mazutti defendeu-se argumentando que suas declarações foram baseadas no parecer técnico que apontava irregularidades nas contas de 2016 e que, como vereador, tinha o direito de expressar suas opiniões no plenário, protegido pela imunidade parlamentar. Ele também negou qualquer intenção de prejudicar Edgar Bueno eleitoralmente .
Novamente, o Ministério Público solicitou o arquivamento do processo após considerar que as explicações de Mazutti eram suficientes e que a interpelação judicial havia cumprido seu propósito legal. O juiz Osvaldo Alves da Silva determinou a extinção e o arquivamento do processo.
A CGN seguirá acompanhando o caso.
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