CGN
Acesse aqui o Discover e busque as mais lidas por mês!
Imagem referente a Inca manifesta apoio a imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas
© Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Inca manifesta apoio a imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou nota em apoio ao aumento de impostos sobre as bebidas alcoólicas como uma das formas de proteger a saúde da......

Publicado em

Por CGN

Publicidade
Imagem referente a Inca manifesta apoio a imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas
© Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou nota em apoio ao aumento de impostos sobre as bebidas alcoólicas como uma das formas de proteger a saúde da população brasileira. O tema está sendo discutido em meio à tramitação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 29/2024, atualmente em análise na Câmara dos Deputados, em Brasília.

De acordo com a nota, estudo do Inca – realizado em 2022 – concluiu que o consumo de álcool foi responsável por R$ 81,51 milhões dos gastos federais com o tratamento de câncer, em 2018, no país.

Trata-se de um valor parcial, pois, segundo os pesquisadores, foram calculados os aportes referentes a procedimentos hospitalares e ambulatoriais no Sistema Único de Saúde (SUS) em pacientes com 30 anos ou mais.

Além disso, eles estimaram que esse montante poderia chegar a R$ 203 milhões em 2030.

Câncer

“Se as pessoas não consumirem esse tipo de produto [bebidas alcoólicas], 17 mil novos casos e 9 mil mortes por câncer poderiam ser evitadas por ano”, acrescenta a nota.

O Inca adverte que o uso de bebidas alcoólicas está diretamente associado ao aumento do risco de desenvolvimento de pelo menos oito tipos de câncer, os quais estão entre os mais diagnosticados na população: boca, faringe, laringe, esôfago, fígado, intestino, mama e estômago.

O aumento da tributação – com a esperada queda no consumo – poderia contribuir para a redução de mortes e também dos custos econômicos envolvidos nos tratamentos.

O Projeto de Lei Complementar 29/2024 deverá regulamentar o Imposto Seletivo (IS), como vem sendo chamado um dos novos impostos previstos na Reforma Tributária aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional.

O artigo 153 da Constituição Federal foi alterado para incluir um novo inciso. Ele estabelece um imposto sobre a produção, extração, comercialização ou importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A Reforma Tributária, no entanto, fixou a necessidade de uma Lei Complementar para regulamentar o tributo, na qual ficaram definidos quais os produtos serão taxados, bem como as alíquotas e as regras.

O Imposto Seletivo tem por princípio a seletividade, isto é, usa a tributação para desencorajar o consumo de bens selecionados. Ele foi adotado por outras nações e ganhou o apelidado em inglês por Sin Tax (“imposto do pecado”, em tradução literal).

O alvo são geralmente produtos com alto potencial ofensivo à sociedade e que são prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. As legislações variam de país para país e podem atingir produtos variados como álcool, doces, tabaco, armas de fogo, etc.

No Brasil, há debates em curso para que cigarro, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados sejam taxados pela nova tributação. Entre os serviços, discute-se a incidência do Imposto Seletivo sobre a extração de petróleo e minério.

Teor alcoólico

Em recomendação divulgada em março último, o Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão colegiado do Sistema Único de Saúde (SUS), subordinado ao Ministério da Saúde, também manifestou posição contrária à taxação conforme o teor alcoólico.

“Esta medida reduziria significativamente o impacto sobre a cerveja, responsável por 90% do consumo de álcool no país”, indica o texto aprovado por 48 conselheiros, majoritariamente representantes de diferentes entidades representativas de profissionais e usuários da saúde pública.

O impacto dessa taxação para o consumidor final é incerto, não apenas porque as alíquotas ainda serão definidas, como também porque hoje as bebidas alcoólicas já são alvo de uma tributação diferenciada. Incidem sobre elas alíquotas mais elevadas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

No entanto, a reforma tributária estabeleceu que – a partir de 2033 – o ICMS e o IPI serão unificados a outros três tributos (ISS, PIS e Cofins), de forma a simplificar o sistema. Haveria, assim, uma única cobrança, com a arrecadação sendo repartida entre a esfera federal (Contribuição sobre Bens e Serviços – CBS) e as esferas estadual e municipal (Imposto sobre Bens e Serviços – IBS). Nesse caso, é provável que o papel de garantir uma tributação distinta para as bebidas alcoólicas caberia ao Imposto Seletivo.

Fonte: Agência Brasil

Notícias Relacionadas:

Gestão e educação na saúde: Estado promove conferência para fortalecimento do SUS
Gestão e educação na saúde: Estado promove conferência para fortalecimento do SUS
Saúde promove 1º treinamento para implantação da plataforma Paraná Saúde Digital
Saúde promove 1º treinamento para implantação da plataforma Paraná Saúde Digital
Com baixo estoque para sangues tipo O+ e O-, Paraná solicita doação de sangue
Com baixo estoque para sangues tipo O+ e O-, Paraná solicita doação de sangue
Boletim da dengue confirma mais 8.995 casos e 22 óbitos no Paraná
Boletim da dengue confirma mais 8.995 casos e 22 óbitos no Paraná
Hospital Regional de Guarapuava realizou mais de 3,7 mil cirurgias eletivas em um ano
Hospital Regional de Guarapuava realizou mais de 3,7 mil cirurgias eletivas em um ano
Hospital Regional em Guarapuava realizou mais de 3,7 mil cirurgias eletivas em um ano
Hospital Regional em Guarapuava realizou mais de 3,7 mil cirurgias eletivas em um ano
Planos de saúde registram 1,9 bilhão de procedimentos médicos em 2023
Planos de saúde registram 1,9 bilhão de procedimentos médicos em 2023
Em seis meses, Lacen processa 13.298 amostras de vírus respiratórios
Em seis meses, Lacen processa 13.298 amostras de vírus respiratórios
Estado investe R$ 100 milhões em vigilância em saúde e combate à dengue no semestre
Estado investe R$ 100 milhões em vigilância em saúde e combate à dengue no semestre
Experiência bem-sucedida, Telessaúde Paraná é tema de encontro da região Sul
Experiência bem-sucedida, Telessaúde Paraná é tema de encontro da região Sul
RS: Senado aprova isenção de IPI para eletrodomésticos e móveis
RS: Senado aprova isenção de IPI para eletrodomésticos e móveis
Estado define estratégias com municípios para aumentar cobertura vacinal
Estado define estratégias com municípios para aumentar cobertura vacinal
Paraná envia mais de 1,3 milhão de unidades de medicamentos ao Rio Grande do Sul
Paraná envia mais de 1,3 milhão de unidades de medicamentos ao Rio Grande do Sul
Secretaria da Saúde confirma mais 13.049 casos e 23 óbitos por dengue no Paraná
Secretaria da Saúde confirma mais 13.049 casos e 23 óbitos por dengue no Paraná
Crianças em tratamento em institutos federais ganham sessão de cinema
Crianças em tratamento em institutos federais ganham sessão de cinema
HR produz pelo SUS próteses faciais que recuperam autoestima dos pacientes
HR produz pelo SUS próteses faciais que recuperam autoestima dos pacientes
Imunossuprimidos: conheça sintomas, cuidados e saiba quem faz parte deste grupo
Imunossuprimidos: conheça sintomas, cuidados e saiba quem faz parte deste grupo
Ex-chefe de Polícia Civil do RJ diz que nunca falou com irmãos Brazão
Ex-chefe de Polícia Civil do RJ diz que nunca falou com irmãos Brazão
Paraná cria força-tarefa com apoio de municípios para aumentar coberturas vacinais
Paraná cria força-tarefa com apoio de municípios para aumentar coberturas vacinais
Saúde contrata mais 66 novos profissionais selecionados por meio de PSS
Saúde contrata mais 66 novos profissionais selecionados por meio de PSS
Google News CGN Newsletter

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais