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Imagem referente a Construtora responsável pelo Riviera também foi alvo da Operação Quadro Negro

Construtora responsável pelo Riviera também foi alvo da Operação Quadro Negro

Apartamento de dono da Construtora Village foi alvo de busca e apreensão......

Publicado em

Por Mariana Lioto

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Imagem referente a Construtora responsável pelo Riviera também foi alvo da Operação Quadro Negro

O apartamento do dono da Village Construções Ltda, José Vidal Boaretto, em Curitiba, também foi alvo da fase da Operação Quadro Negro deflagrada ontem (8). No local foi cumprido um mandado de busca e apreensão. A Village foi a responsável pela construção do Jardim Riviera em Cascavel, a operação, no entanto, refere-se a obras da educação, contratadas pelo Governo do Estado, onde teria ocorrido irregularidades. 

A ação foi resultado da delação de Mauricio Jandoi Fanini Antonio, que atuou como diretor da Secretaria Estadual de Educação do Paraná, entre os anos de 2012 e 2014.

O delator disse que recebeu propina dos empresários, especialmente para a aprovação de aditivos nos contratos. No decisão do juiz delator é chamado de “colaborador”

Fanini disse que a Construtora Aghora Ltda e a Village agiam conjuntamente

“Que a empresa “AGHORA” é de propriedade de Carlos Mazali, primo da esposa de Fabio Dallazem; que Fabio se empenhou muito para que essa sociedade empresária ganhasse a obra; que a “AGHORA” e a “VILLAGE” participaram como parceiras na obra; que José Vidal é o proprietário da “VILLAGE”; que no primeiro aditivo da obra foram pagos em propina o valor de R$250.000,00 para Fabio Dallazem; que ele recebeu a quantia de R$5.000,00 por mês, em dez parcelas, depositadas em sua conta, totalizando o montante de R$50.000,00; que no aditivo continham obras a seres realizadas e em parte era fraudulento; que no segundo aditivo também foram adicionados serviços não necessários;[…]; que o vínculo de Fabio Dallazem era com a empresa “AGHORA”, mas quem venceu o certame licitatório foi a empresa “VILLAGE”; […] que Carlos Mazali era quem dava andamento à obra; […] que não recebeu vantagem indevida referente ao segundo aditivo; […] que dois pagamentos foram feitos por meio de depósito e os demais foram pagos em espécie; que Carlos e Cristiano fizeram os pagamentos das propinas; […] que partes dos serviços contidos nos aditivos não eram necessários; […] que não foram pagos os reajustes das obras; […].” 

O Ministério Público também apresentou extrato no qual se podem verificar dois depósitos efetuados em dinheiro na conta do colaborador, nos valores de R$4.980,00, datados de 31/08/2012 e 29/01/2013, o que corrobora as declarações.

A Village foi contratada para fazer o Ceep de Almirante Tamandaré, no valor de R$ 7,180 milhões.

Buscas

As equipes do Gaeco buscavam nos imóveis eventuais documentos, anotações, cartas, agendas, contratos, comprovantes de pagamentos, depósitos e saques, extratos bancários e de aplicações financeiras e prestações de contas. Equipamentos digitais como smartphones, tablets, pendrives, computadores capazes de demonstrar o vínculo dos empresários com o grupo criminoso investigado, também seriam apreendidos. O Gaeco ainda não divulgou o resultado das buscas nos imóveis de Cascavel.

O juiz do caso autorizou ainda que se os investigados não estivessem em casa no momento do cumprimento seja feita a busca pessoal em outros locais para apreensão dos aparelhos de telefone.

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