Para assistente de acusação, áudios de Whatsapp reverteram legítima defesa para a condenação a oito anos por homicídio

Na manhã desta quarta-feira (26), a equipe da CGN conversou com o assistente de acusação no caso Oziel Teixeira de Brito, o qual foi julgado ontem, terça-feira (26), durante júri realizado em Cascavel.

Oziel foi condenado a oito anos de prisão pelo assassinato de Valdenilson Rinaldi, que ocorreu em maio de 2017.

Conforme o advogado Luciano Katarinhuk, que trabalhou junto ao Ministério Público, após quatro anos do crime, a acusação conseguiu áudios de Whatsapp que demostraram ao conselho de sentença que a ação do réu não foi legítima defesa, mas, sim um homicídio.

Os áudios, conforme relatado, teriam comprovado que o réu comprou a arma com o intuito de cometer o crime, que ceifou a vida de Valdenilson.

Oziel teria ficado em silêncio durante quase todo o júri, entretanto, resolveu se pronunciar ao ouvir os áudios divulgados, fato que, para o assistente de acusação, corroboraram a intenção do crime.

Apesar da reversão da legítima defesa para a condenação, o assistente que foi contratado pela família acredita que a pena poderia ser maior, mas, mesmo assim, não ficará a sensação de impunidade.

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público, em maio de 2017 os homens se envolveram em uma discussão relacionada ao contrabando de cigarros, sendo que “trocaram tiros” em frente a um bar na Rua Antônio Damian, no Bairro Canadá.

Valdenilson foi baleado e morreu no local. O adolescente Santhiago Luna Souza Leite, de 13 anos que estava em um ponto de ônibus perto do bar também foi atingido. O disparo acertou a cabeça do garoto, que foi levado ao hospital, mas infelizmente faleceu.

Uma perícia mostrou que o tiro que acertou o garoto partiu da arma de Valdenilson Rinaldi. Em razão disso, Oziel responderá somente pelo crime de homicídio.