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Imagem referente a DR com Demori: jornalista detalha investigação sobre família Bolsonaro

DR com Demori: jornalista detalha investigação sobre família Bolsonaro

A jornalista Juliana Dal Piva é a convidada desta terça-feira do programa DR com Demori, da TV Brasil. Ela falou sobre os bastidores de suas investigações......

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Por CGN

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Imagem referente a DR com Demori: jornalista detalha investigação sobre família Bolsonaro

A jornalista Juliana Dal Piva é a convidada desta terça-feira do programa DR com Demori, da TV Brasil. Ela falou sobre os bastidores de suas investigações envolvendo a família Bolsonaro e os desafios enfrentados ao longo do processo. Durante a conversa, ela também apresentou seu novo livro, que trata do assassinato de Rubens Paiva durante a ditadura militar e discutiu a importância da responsabilização por crimes contra a humanidade.

A investigação, que começou com o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, revelou uma estrutura mais ampla. Segundo Juliana, ao menos 286 funcionários passaram pelos gabinetes da família ao longo de 30 anos. “A ex-cunhada dele, a Andréa Siqueira Valle […] ficou 20 anos como funcionária fantasma entre o gabinete do Bolsonaro, do Flávio e do Carlos, devolvendo 80%, 90% do salário dela durante todos esses 20 anos.”

“Nosso querido Pix, embora diga que criou – o que não é verdade -, mas tem alergia. TED, Pix, não chega, não gosta, dá urticária, entendeu?”

 De acordo com a jornalista, imóveis e outros bens eram adquiridos com grandes quantias em dinheiro vivo, numa tentativa de driblar os sistemas de controle financeiro e dificultar o rastreamento das operações.

 

Jornalista Juliana Dal Piva, convidada do programa DR com Demori – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

As denúncias também geraram reações. Juliana contou que passou a sofrer ameaças após a publicação de reportagens, incluindo mensagens ofensivas, processos judiciais e ataques em redes sociais. Em 2022, uma decisão judicial censurou temporariamente uma reportagem assinada por ela sobre os bens da família Bolsonaro. “Ele só pede a censura, a retirada das matérias do ar”, disse, ao comentar a ação do senador Flávio Bolsonaro. A decisão foi revertida pelo Supremo Tribunal Federal.

Juliana relatou um dos episódios mais graves enfrentados por ela no ano passado, quando teve sua imagem usada em uma montagem forjada. “Forjaram conversas, usando a minha imagem, como se fosse uma conversa minha com uma pessoa que eu sequer identifico”, contou.

A montagem circulou por três meses e, segundo ela, gerou uma onda de incitação ao ódio. “Recebi mensagem de gente dizendo que me via perto da minha casa, incitando o suicídio, esse tipo de coisa.”

Para Juliana, as consequências vão além do impacto profissional. “Esse tipo de coisa é uma situação que nunca é só você, é você e sua família. […] Vai cansando, você só quer trabalhar, eu só queria trabalhar em paz, fazer meu trabalho.”

Ela afirma que segue tomando medidas legais. “Aos criminosos, a lei. Eles foram denunciados, estão sendo investigados, também estou processando boa parte dessas pessoas por dano moral. Mas tudo isso também te toma tempo, te toma energia.”

Além das reportagens sobre a família Bolsonaro, Juliana também se dedicou à cobertura do assassinato da vereadora Marielle Franco. Ao comentar as investigações, Juliana Dal Piva afirmou que o caso expôs falhas estruturais no sistema de segurança pública do Rio de Janeiro.

Segundo ela, a condução inicial da apuração demonstrou sinais claros de contaminação e omissão. “O fato dessa investigação não ter conseguido esclarecer desde o início mostra a contaminação dela em si”, disse.

A jornalista também lembrou que foi a partir da investigação do caso Marielle que vieram à tona informações sobre o “escritório do crime”, grupo de ex-policiais militares acusados de execuções por encomenda. Para ela, o caso funcionou como uma porta de entrada para revelações mais amplas sobre uma rede de crimes sustentada por agentes públicos.

No final da conversa, Juliana apresentou seu novo livro, Crime sem castigo – Como os militares mataram Rubens Paiva, publicado pela Matrix Editorial. A obra reconstrói as quatro décadas de busca da família Paiva por justiça, revelando documentos até então inéditos sobre a repressão durante a ditadura militar.

Juliana ressaltou que a discussão deve ir além do desaparecimento forçado, considerado um crime permanente. A jornalista defendeu que o Supremo Tribunal Federal amplie o entendimento para incluir todos os crimes contra a humanidade, como assassinatos, estupros e tortura. “Todos os graves crimes de violações de direitos humanos […] sejam todos passíveis de julgamento”, concluiu.

O programa DR com Demori vai ao toda terça-feira, às 23h, na TV Brasil, no aplicativo TV Brasil Play e no YouTube da emissora pública. Também é veiculado nas rádios Nacional FM e MEC

Fonte: Agência Brasil

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