
Dívida dos Correios ameaça empresas de transporte: “Estamos no desespero”
Os Correios informaram que os valores haviam sido depositados, porém não é o que aconteceu ...

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Por Silmara Santos
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A falta de pagamento para as empresas que prestam serviço de transporte para os Correios está se arrastando novamente. A equipe de reportagem da CGN conversou na última semana com um dos prestadores de serviço que tem uma empresa em Cascavel e que tinha quase meio milhão para receber dos Correios.
Vanderlei de Souza relatou que tinha R$ 413 mil para receber desde o dia 16 de março. Após a reportagem da CGN, os Correios se pronunciaram informando que os pagamentos já haviam sido realizados, mas de fato não informou na nota qual o valor depositado aos prestadores de serviço.
No sábado (22) o empresário informou que havia sido depositada uma pequena parcela do valor devido pelos Correios e nesta terça-feira (25) o empresário cascavelense informou que ainda não recebeu todos os valores e que os Correios depositaram uma pequena parte dos valores devidos.
“Eu recebi uma pequena parte, mas insignificante. Pagaram uma notinha pequenininha e eu ainda tenho R$ 325.569,73 do dia 16 e tem empresa falindo já. Tem empresa, a gente teve um comunicado no grupo ontem que já deu até busca e apreensão de caminhão já. Foi falta de pagamento dos Correios e eles não dão nenhuma resposta de quando vai ser pago, se vai ser pago, sabe? Tá ficando bem difícil” explicou o empresário.
Na nota dos Correios recebida pela CGN na semana passada, os Correios informaram que o pagamento não foi feito por problemas técnicos, agora resta saber por quanto tempo esses “problemas técnicos” ainda devem persistir.
“Aquele dia que você lançou a nota, o Correio respondeu dizendo que tinha pago, né, que estava um processo, que ia processar segunda-feira. Não é verdade, a gente não recebeu. E todas as empresas que estão no Correio, a gente tem um grupo com 133 integrantes hoje, a maioria, acho que 99% é transportador, então já teve busca preensão de caminhão, tem transportadora que já parou por falta de recurso, que não tem mais aonde tirar, né, não consegue nem financiamento, porque o nome já está no Serasa. Está chegando o dia dos pagamentos, a gente não tem recurso para fazer o pagamento dos funcionários e tá todo mundo se arrastando. A gente não sabe se aguenta até quarta, amanhã, se sexta, e a gente queria uma resposta, né, porque houve boatos que é sistema o problema por falta de pagamento, a gente não acredita, porque só falam, mas não mandam um e-mail, não respondem, não responderam a nossa carta que a gente mandou lá para o presidente dos Correios”.
Apesar das entregas não terem sido afetadas ainda, a falta de pagamento pode fazer com que os prestadores de serviço fechem as portas, pois sem esse pagamento não é possível custear as viagens com entregas.
“O fiscal do contrato, ele pede para a gente rodar, porque o contrato nos gera multa se a gente parar e não é barato. Então, a gente até com medo de levar essas multas, a gente está no desespero. Pedindo para os nossos fornecedores de combustível aguardar os pagamentos, que vai ser repassado assim que a gente receber, mas a gente não recebe, a gente não tem data, né? Ninguém fala nada” explica o empresário.
A equipe da CGN deixa o espaço aberto para que os Correios se pronunciem sobre quando esses valores serão pagos aos prestadores de serviço e se esses pagamentos serão feitos parcialmente ou se os valores devidos serão realmente depositados.
Ouça o áudio do empresário cascavelense:
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