Mãe está em desespero após perder guarda das filhas: “Sempre as tratei com todo o carinho”

Em uma visita ao Conjunto Habitacional Riviera, nesta quinta-feira (20) a equipe da CGN conversou com a mãe Kelly Cristina Granella, que está inconsolável, após ter suas filhas retiradas de casa pela Justiça e Conselho Tutelar, e luta para reverter a situação.

“Estava sentada na área com a minha filha mais nova quando me disseram que precisavam levar as crianças para o abrigo. Disseram que havia muitos mandatos”, relata Kelly, com a voz embargada.

Ela conta que procurou o ministério da prefeitura para tentar reverter a situação.

“Fui atrás das minhas filhas. Eles me disseram que eu poderia recorrer, mas que precisava ter calma e esperar”.

Segundo Kelly, foi estabelecido um prazo de um mês para a permanência das crianças no abrigo. A mãe relata que sua filha mais nova, de apenas quatro meses, ainda está sendo amamentada.

“Duas em duas horas eu preciso dar o seio e a fórmula para ela”, conta. A equipe do abrigo permitiu que Kelly visitasse a filha uma vez por dia para amamentá-la.

Porém, a situação com a filha mais velha é mais complicada. “Não consegui vê-la. Vou ter que marcar uma consulta para poder vê-la”, diz Kelly, claramente abalada. Questionada sobre seu sentimento como mãe, ela responde: “É muito triste. Só penso em morrer”.

Kelly insiste que sempre cuidou bem das filhas. “Não há hematomas, todas as vacinas estão em dia. Minha filha mais velha frequenta a escola regularmente, nunca deixo faltar aula”. Ela não sabe quem fez as denúncias que levaram à retirada de suas filhas, mas reitera: “Sempre cuidei delas, sempre as tratei com todo o carinho, sempre estive ao lado delas”.

A família agora está em busca de um advogado que possa ajudar na causa, pois não tem muitas informações sobre porque as crianças foram retiradas do lar.