Paraná é primeiro estado a integrar a Aliança Global para os Cuidados
“Parabenizamos o Paraná por se juntar a nós e por continuar trabalhando para avançar em direção a uma sociedade de cuidados, não apenas no Brasil e......
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Por CGN
O Paraná foi parabenizado nesta quinta-feira (24) pela secretária-técnica da Aliança Global para os Cuidados, Ana Moreno, por ser o primeiro estado brasileiro a fazer parte do grupo. A Aliança é uma iniciativa liderada pela ONU Mulheres – órgão da Organização das Nações Unidas para promover a igualdade de gênero – que reúne governos nacionais, subnacionais, organizações da sociedade civil e instituições acadêmicas. O objetivo é promover o tema do cuidado como uma pauta global, impulsionando a criação de políticas públicas que reconheçam sua importância.
“Parabenizamos o Paraná por se juntar a nós e por continuar trabalhando para avançar em direção a uma sociedade de cuidados, não apenas no Brasil e na América Latina, mas também globalmente”, destacou Ana sobre o fato de o Estado integrar a iniciativa desde setembro. “Por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, o Estado do Paraná se torna o primeiro governo subnacional do Brasil a se unir a esta comunidade global que trabalha para promover a agenda dos cuidados em todos os níveis”, completou.
A secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, disse que o reconhecimento do Paraná reflete o compromisso do Estado em enfrentar essas desigualdades. “A rede de cuidado existe para oferecer apoio a quem necessita, mas também para valorizar aqueles que cuidam. É nesse sentido que devemos direcionar nossos esforços”, destacou.
O Brasil assinou a adesão à Aliança Global de Cuidados em fevereiro deste ano. Já o Paraná é o primeiro estado a integrar a aliança, desde setembro deste ano,
CUIDADO – Cuidado é o conjunto de ações interdisciplinares voltadas ao bem-estar, saúde, segurança, autonomia e independência de pessoas em situação de dependência. Abrange desde o trabalho remunerado, até atividades não remuneradas, como familiares que cuidam de idosos ou de crianças nas suas próprias residências.
No Brasil, pelo menos 2,5 milhões de mulheres jovens não podem ingressar no mercado de trabalho remunerado porque têm que cuidar dos afazeres domésticos, dos filhos ou de outro parente. Esse número reflete apenas a realidade de jovens até 29 anos.
As mulheres gastam o dobro do tempo em trabalho doméstico e de cuidados, quando comparadas aos homens. Há uma prática cultural que identifica a mulher erroneamente como mais apta para o cuidado, deixando-a sobrecarregada.
“Essa iniciativa reconhece a necessidade de trabalharmos tanto para apoiar quem precisa de cuidado quanto para valorizar, especialmente, as mulheres, que hoje representam a maior parte das pessoas responsáveis por essas atividades”, completou a secretária Leandre.
ENVELHECIMENTO – Há uma nova realidade demográfica em curso. O envelhecimento populacional e a mudança nas estruturas familiares, tem sido chamado de crises de cuidados. No Paraná, as pessoas idosas representam mais de 16% da população, e a tendência é de que, em 2040, um quarto dos paranaenses tenham mais de 60 anos. Já em 2030, haverá mais idosos do que crianças no Estado.
O Paraná tem sido precursor na proposição de políticas de cuidado no Brasil, e reconhecido como um importante agente na construção de políticas públicas inovadoras. Está em votação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o programa Paraná Amigo da Pessoa Idosa, que irá organizar estratégias para a efetivação e ampliação de políticas voltadas à pessoa idosa, além de trazer um olhar atento aos seus cuidadores.
O programa cria o cadastro do cuidador, além de prever benefícios financeiros para cuidadores familiares, bem como estratégias de acesso à renda e permanência no trabalho para as pessoas idosas.
Fonte: AEN
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