Paraná terá plano para formação em direitos humanos de agentes de Justiça e Segurança Pública
A iniciativa conta com a adesão do Governo do Estado e de outros órgãos, incluindo o Tribunal de Justiça do Paraná, Ministério Público, Defensoria Pública, secção......
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Por CGN
Agentes dos sistemas de Justiça e Segurança Pública do Paraná terão uma formação permanente em direitos humanos. O governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou nesta quinta-feira (14) o termo que formaliza a criação do Plano de Educação em Direitos Humanos do Sistema de Justiça e Segurança Pública do Estado do Paraná. A assinatura ocorreu durante a celebração do Dia Nacional do Ministério Público, na sede do Ministério Público do Paraná (MPPR).
A iniciativa conta com a adesão do Governo do Estado e de outros órgãos, incluindo o Tribunal de Justiça do Paraná, Ministério Público, Defensoria Pública, secção paranaense Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, Secretaria de Estado da Segurança Pública e seus órgãos vinculados: as polícias Militar, Civil, Penal e Científica e o Corpo de Bombeiros.
Ratinho Junior destacou o trabalho conjunto entre as instituições públicas do Paraná fortalecem o Estado e a promoção da justiça e da dignidade humana. “As instituições do Paraná e a sociedade civil organizada estão construindo, junto com o Governo do Estado, um bom momento para o Paraná, porque é com união e paz que conseguimos avançar”, disse. “A paz traz prosperidade, traz oportunidades e nos faz focar no objetivo comum de melhorar a vida das pessoas e transformar nosso Estado em uma sociedade cada vez mais justa”.
O procurador-geral de Justiça do Paraná, Gilberto Giacóia, afirmou que a promoção dos direitos humanos engloba os direitos fundamentais previstos na Constituição. “Nós queremos atingir o objetivo maior que está no pacto social brasileiro, que é construir uma sociedade livre, justa e solidária”, salientou.
DIREITOS HUMANOS – A elaboração e execução do Plano de Educação em Direitos Humanos foram anunciadas em agosto, quando o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, esteve no Paraná. A ideia é incluir as temáticas relacionadas aos direitos humanos como conteúdos obrigatórios e complementares nas matrizes curriculares de todos os cursos de formação e nas atividades curriculares, tanto dos órgãos de Justiça, como nos de Segurança Pública.
Também deverão ser promovidos programas de formação continuada e campanhas e atividades para a sensibilização dos profissionais com foco no respeito e na promoção dos direitos humanos, com o objetivo de disseminar os valores solidários, cooperativos e de justiça social e consolidar uma cultura antidiscriminatória no Estado.
Para isso, a UFPR deve oferecer um Curso Interinstitucional de Educação em Direitos Humanos, em parceria com a Escola de Educação em Direitos Humanos, vinculada à Secretaria da Justiça, Escola Superior do Ministério Público do Paraná, Escola Judicial do Paraná, Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná e as unidades de formação das forças de segurança do Paraná, a Escola Superior da Polícia Civil, a Academia Policial Militar do Guatupê e a Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário.
TERMOS DE COOPERAÇÃO – Durante o evento, também foram firmados dois termos de cooperação entre o MPPR e a Secretaria de Segurança Pública para facilitar a troca de informações, em especial as relacionadas ao Sistema de Investigação Policial, e a cooperação operacional nas atividades de inteligência e investigação.
O primeiro documento prevê que a Secretaria de Segurança disponibilize ao MPPR as chaves de acesso do seu Sistema de Investigação Policial, que contém a base de dados das forças de segurança policial. O objetivo é facilitar a troca de informações entre as instituições para agilizar os processos de investigação.
O sistema congrega informações como identificação civil, de veículos, anotações criminais, mandados de prisão, histórico de movimentação de presos e boletins de ocorrência. Com a parceria, os membros do Ministério Público poderão utilizar a base de dados para consultar outras anotações e ocorrências, contribuindo para o cumprimento de sua missão constitucional.
O segundo termo busca a cooperação em ações de cunho operacional, de inteligência, de investigação e de capacitação profissional para identificar, prevenir ou repreender criminalidade, especialmente os atos praticados por organizações criminosas.
Com esse termo, o Estado do Paraná poderá designar servidores civis e militares das forças de segurança para atuarem nas áreas de inteligência do Ministério Púbico, promovendo uma atuação articulada para o combate à criminalidade. A SESP também poderá disponibilizar armamentos, munições, equipamentos e treinamentos aos servidores designados para essa atividade e também ministrar cursos para servidores e membros do Ministério Público.
A instituição, por sua vez, vai colaborar com a capacitação dos integrantes das forças de segurança, além fornecer recursos materiais para esse fim. A ideia é que essa parceria garanta uma constante evolução da capacidade de atuação de enfrentamento a crimes com a utilização de técnicas específicas de inteligência.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Santin Roveda; o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Luiz Fernando Tomasi Keppen; o procurador-geral do Estado, Luciano Borges; o delegado-geral da Polícia Civil, Sílvio Rockembach; o deputado estadual Alexandre Curi; e o arcebispo Metropolitano de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo. Os ministros do Edson Fachin, Supremo Tribunal Federal (STF), e Sérgio Kukina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acompanharam a solenidade por teleconferência.
Fonte: AEN
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