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PF deflagra Operação Lottus que visa desarticular organização criminosa de tráfico internacional de drogas

A suspeita é que os criminosos se valiam de um advogado com conhecimento em contabilidade para abertura de empresas fictícias em nome de outros traficantes....

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Por Fábio Wronski

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Lottus com objetivo desarticular organização criminosa especializada em despachar drogas trazidas do Paraguai através do lago de Itaipu para diversos Estados da Federação, concentrando as remessas para cidade de Lajeado.

A suspeita é que os criminosos se valiam de um advogado com conhecimento em contabilidade para abertura de empresas fictícias em nome de outros traficantes.

A partir disso eram emitidas notas fiscais de venda de produtos naturais para dissimular a remessa de drogas através de transportadoras de Cascavel.

O esquema ocorria pelo menos desde 2020. A atividade envolvia, além das empresas a criação de logomarcas, uniformes e plotagem de veículos e embalagens para simular a efetiva remessa dos produtos naturais sem chamar atenção das transportadoras.

O líder do esquema, que tinha o advogado como seu braço direito nas atividades intelectuais e financeiras, se utilizava de pelo menos quatro empresas de fachada para lavar dinheiro.

Foram identificadas empresas de lavagem de veículos na região central da cidade, loja de roupas, além de autocenter e loja de móveis.

As medidas cautelares cumpridas hoje poderão revelar as quantidades efetivas de drogas movimentadas pelo grupo.

Para promover o transporte e o despacho da droga, os líderes do grupo cooptavam preferencialmente mulheres com filhos menores, visando garantir que a soltura em caso de prisão fosse mais rápida, valendo-se dessa circunstância como argumento pela defesa.

Além do tráfico de drogas, o grupo também é suspeito de tentativa de homicídio ocorrida em Matelândia no mês de fevereiro deste ano.

Na ocasião, dois dos investigados planejaram e executaram a ação enquanto outro membro fornecia os endereços atualizados da vítima, a partir de consulta em sistemas oficiais da justiça.

Foram mobilizados aproximadamente 70 Policiais Federais para o cumprimento de 14 mandados judiciais nas cidades de Cascavel e Toledo, no oeste do Paraná, e em um resort de luxo na praia de Porto de Galinhas, litoral pernambucano, onde estava hospedado de férias um dos membros da organização criminosa.

Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou a prisão preventiva dos sete principais membros do grupo e o sequestro de automóveis, imóveis e contas bancárias dos investigados e de laranjas.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Cascavel.

A investigação foi batizada de Operação Lottus em alusão ao símbolo de uma flor de lótus que era utilizado pelos criminosos como uma espécie de “marca registrada” nos logotipos e uniformes das empresas de fachada criadas pelo grupo, inclusive sendo uma das características que chamou atenção dos investigadores para a semelhança de logotipos em diferentes apreensões de drogas nas transportadoras.

Os envolvidos devem responder pelos crimes de tráfico transnacional de entorpecentes, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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