
Caso GM: veja depoimentos prestados por servidores quanto aos detalhes da ação que terminou com dois detidos
Horas após o roubo, as equipes da GM ainda faziam buscas por uma arma de fogo e um celular levados no assalto. A arma funcional roubada...

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Por Luiz Oliveira
A CGN teve acesso a três depoimentos prestados por servidores da Guarda Municipal à Polícia Civil sobre a ação que terminou com dois homens detidos como suspeitos de envolvimento em um assalto à casa de uma servidora da Guarda Municipal na tarde do último domingo (10), no Bairro Nova Cidade, em Cascavel.
Horas após o roubo, as equipes da GM ainda faziam buscas por uma arma de fogo e um celular levados no assalto. A arma funcional roubada pertence ao município e estava sob responsabilidade da servidora que foi vítima de dois assaltantes armados. No crime, o carro e o colete balístico da servidora também haviam sido levados, porém foram encontrados abandonados pouco depois, no Bairro Santa Felicidade.
No turno da dois, os servidores da GM conseguiram localizar o celular e a arma em uma residência e identificaram dois homens, que são primos, como suspeitos. Os dois detidos teriam sido agredidos pelos servidores após supostamente terem tentado resistir à prisão. Ambos chegaram a ser levados a UPA e posteriormente para a 15ª SDP.
Na mesma noite, a advogada que defende um dos detidos gravou entrevista com a imprensa criticando a ação da GM e afirmando que os detidos eram inocentes.
O caso de agressão por parte dos servidores também passou a ser investigado, tendo ambas as partes envolvidas no caso prestado depoimentos quanto ao ocorrido. As versões dos detidos e as dos guardas são bastante controversas.
Um dos servidores disse em depoimento que foi, após o crime, até o local do assalto para conversar com a colega de trabalho e ver como ela estava e coletar informações, momento em que questionaram a vítima sobre o rastreamento do celular. Foi com base neste rastreador em que os servidores tiveram informações sobre a localização.
Durante as buscas, os servidores perceberam que o aparelho estaria em movimento, mas que em determinado momento, o celular estaria em um ponto fixo. Chegando na casa, os servidores teriam escutado barulho de toque do aparelho e puderam visualizar o celular na grama, no pátio da residência.
Ainda conforme os relatos do servidor, a equipe então adentrou ao imóvel, pegou o aparelho e fez buscas pelo terreno. A partir disso, as equipes foram “fechando o quarteirão” para determinar um perímetro para buscas a suspeitos.
Um segundo servidor disse em depoimento que a GM recebeu denúncia de populares que momentos antes da chegadas dos servidores, um veículo Fiat Tempra havia recém saído daquela residência com dois indivíduos. Durante as buscas, as equipes localizaram o veículo sendo que, durante a abordagem, um dos abordados foi identificado como sendo pai de Patrick e este teria informado a localização do filho aos servidores. Posteriormente, Patrick foi, então, abordado pela GM em um bar e levado até a residência onde o celular havia sido encontrado para que o rapaz acompanhasse as buscas feitas pelos servidores, de acordo com o depoimento.
Ainda conforme os relatos, durante as buscas, os servidores localizaram a arma roubada da servidora no interior de um fogão. Neste momento, o rapaz, morador do imóvel, teria tentando fugir e resistir a prisão. O mesmo servidor disse em depoimento que foi o próprio Patrick quem informou que na casa também morava seu primo, o outro homem que também foi localizado pela GM no mesmo bar em que estava Patrick. O servidor também afirmou em depoimento que os dois detidos tentaram resistir a prisão e foi necessário o uso de força.
O servidor também disse em depoimento que durante as buscas nesta casa, o celular da vítima foi encontrado na varanda do imóvel, a arma da vítima foi encontrada dentro de um fogão e um notebook, também roubado, foi encontrado na sala do imóvel. Porém, além destes objetos recuperados, as equipes encontraram munições de arma de fogo, sendo duas calibre 32 e seis munições calibre 22, dentro de um automóvel que estava no pátio da residência.
Um terceiro servidor também afirmou em depoimento que os dois abordados tentaram resistir a prisão. O guarda também afirmou que um dos abordados, durante a luta corporal, tentou tomar a arma do servidor da GM, causando lesões na sua mão direita. Durante o depoimento à polícia, o servidor disse ter intenção de representar criminalmente contra um detidos pela lesão sofrida durante a abordagem.
Os dois detidos nesta ação também prestaram depoimentos. Ambos estavam acompanhados pela mesma advogada. Você pode assistir ao depoimento de Patrick clicando aqui e ao depoimento do primo dele, que segue preso, clicando neste link.
O caso segue sendo apurado.
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