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Imagem referente a Sincretismo de Cosme e Damião é tema de exposição em São Paulo

Sincretismo de Cosme e Damião é tema de exposição em São Paulo

Os gêmeos mais populares no sincretismo religioso brasileiro serão tema da exposição “Cosme e Damião ─ diversidade e coexistência”, que será inaugurada neste sábado (15), Fundação Maria Luisa e......

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Por CGN

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Imagem referente a Sincretismo de Cosme e Damião é tema de exposição em São Paulo

Os gêmeos mais populares no sincretismo religioso brasileiro serão tema da exposição “Cosme e Damião ─ diversidade e coexistência”, que será inaugurada neste sábado (15), Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, e trará a possibilidade de conhecer leituras ainda mais diversas da história desses santos católicos. 

Com a coleção do acervo de Ludmilla Pomerantzeff, uma das pessoas mais importantes dentro da temática religiosa no Brasil, a exposição inclui peças dos séculos 18 e 19, oriundas da Europa, Ásia e Nordeste brasileiro. Estarão expostas ainda esculturas africanas e de um ícone ortodoxo da Coleção Ivani e Jorge Yunes.

O público poderá encontrar imagens de arte sacra erudita e popular, exaltando as nossas origens mestiças e o sincretismo religioso, que coloca os irmãos em diferentes tradições e coexistências religiosas.

Cosme e Damião

Acta e Passio, seus nomes originais, eram gêmeos, nascidos na cidade de Egeia, na Arábia, Oriente Médio, no final do Século 3 d.C. Popularizados como Cosme e Damião, os irmãos foram médicos formados na Síria. Suas santidades são atribuídas ao exercício da medicina gratuita, chamados de anárgiros – palavra de origem grega e que significa “avessos ao dinheiro”.

Cosme e Damião eram devotos da fé cristã e se tornaram conhecidos por sua caridade e cura de enfermos e, ao mesmo tempo, por buscarem o bem-estar espiritual das pessoas, convertendo-as ao cristianismo e alcançando grande respeito na sociedade. Foram perseguidos, acusados de feitiçaria e resistiram a constantes torturas.

Sincretismo

No Século 19, foram popularizados pelo sincretismo das religiões de matriz africana e difundidos especialmente pelas comunidades negras no Brasil.

“Por meio das associações comuns entre as culturas africanas e católicas, temos os irmãos médicos mártires São Cosme e Damião sincretizados aos gêmeos Ibejis da cultura iorubá”, destaca ele

O curador destaca que os filhos de Xangô e Iansã, um menino e uma menina, eram respeitados justamente por representarem a dualidade da vida, se completando como o dia e a noite, o frio e o calor, o masculino e o feminino.

Além deles, é encontrado nas religiões africanas, sobretudo na umbanda, a inclusão de um terceiro personagem na iconografia afro-católica: Doum, e que representa um irmão dos santos e uma terceira criança que nasce depois dos gêmeos Ibejis.

Doum personifica o espírito pueril das crianças de até 7 anos de idade. A habitual partilha de brinquedos e guloseimas nas festas de São Cosme e Damião é mais frequente nas religiões de origem africana, em veneração aos Erês, entidades que vivem uma infância eterna.

Schunk detalha que a mostra apresenta uma verdadeira conexão, diversidade e coexistência inter-religiosa, indo do catolicismo festeiro à exaltação das africanidades.

“Além da Europa e Ásia, o público poderá ver peças provenientes do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e, majoritariamente da Bahia, dialogando com as nossas mais valorosas raízes sincréticas”, disse o curador.

A exposição será aberta às 14h, na avenida Morumbi, 4077. A entrada é gratuita às terças-feiras e, nos outros dias da semana, os ingressos custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia – para estudantes e maiores de 60 anos). O funcionamento é de terça a domingo, das 10h às 17h30.

Fonte: Agência Brasil

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