
Posições sobre clima não estão descoladas do lucro, diz ex-ministra
A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira afirmou, nessa segunda-feira (26), que as interlocuções entre países e os posicionamentos que cada um assume diante das mudanças climáticas não estão......

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Por CGN

A ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira afirmou, nessa segunda-feira (26), que as interlocuções entre países e os posicionamentos que cada um assume diante das mudanças climáticas não estão descolados de metas de lucro. Ela foi a convidada especial do evento “O Brasil e a COP30”, promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A integrante dos governos Lula e Dilma ressaltou que sempre entendeu essa agenda como sendo “de desenvolvimento, não uma agenda ambiental” e que avalia as temáticas relacionadas ao clima como parte da conjuntura geopolítica atualmente estabelecida.
Para a ex-ministra, o pensamento dos Estados Unidos está conectado ao negacionismo científico, ou seja, à refutação de evidências científicas apresentadas por especialistas altamente qualificados.
“Quer dizer que, politicamente, é uma posição clara de não tratar a questão climática como prioridade e, mais do que isso, uma ação deliberada contra a ciência. E a ciência americana nessa área é uma das mais sofisticadas do mundo”, afirmou, acrescentando que é necessário haver “senso de pragmatismo e realidade”.
“Não há cabimento que o mundo e o Brasil vivam do privilégio da ignorância ou vivam do privilégio do achismo. ‘Eu acho isso, eu acho aquilo’. Não”, protestou. Europeus levam a sério porque têm agências de conhecimento, métricas”.
Bióloga, Izabella Teixeira lembrou a perspectiva estratégica do governo brasileiro, que firmou acordos bilaterais com a China e os Estados Unidos. “Brasil trouxe, em 2015, essa visão para o seu escopo de prioridade.”
Naquele período, contudo, o Brasil não assinou a Declaração de Nova York sobre Florestas, carta de intenções que antecede um tratado internacional, com a meta de cortar a emissão anual de gás carbônico (CO2) entre 4,5 e 8,8 bilhões de toneladas. À época, Izabella justificou a hesitação do país em aderir com o argumento de que não foi consultado e de que não havia distinção clara entre o que poderia ou não ser desmatado.
Fonte: Agência Brasil
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