Padre de Cascavel destaca legado humano e reformador deixado por Papa Francisco

A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21), causou comoção entre fiéis em todo o mundo. Em Cascavel, a CGN conversou com o Padre Alfredo Rafael Belinatto Barreto, da Paróquia Santa Cruz, que destacou o impacto do pontífice na história da Igreja e sua profunda conexão com os desafios do mundo contemporâneo.

“Na manhã de hoje, nós somos surpreendidos, tristemente, com a notícia do falecimento do Papa Francisco”, lamentou o padre. Para ele, o maior legado deixado pelo pontífice argentino é sua capacidade de “ler os sinais dos tempos” e tornar a Igreja uma voz ativa e relevante diante das crises que marcam o nosso tempo, como guerras, migrações, depressão e desigualdade social.

Padre Alfredo ressaltou que o Papa, vindo da América Latina, trouxe para o centro da Igreja Católica uma visão mais humana e afetiva, baseada na escuta, no acolhimento e na simplicidade. “Ele passa a falar como uma pessoa humana a pessoas humanas. A gestualidade do Papa fala de um mundo afetivo muito próximo de nós”, afirmou.

Segundo o sacerdote, o Papa Francisco será lembrado como um líder corajoso e reformador, que resgatou os valores essenciais do Evangelho e os recolocou como base da ação da Igreja. “Ele se coloca como um princípio hermenêutico para a entrada da Igreja no futuro, que agora se abre, confiada ao Espírito Santo.”

O falecimento do pontífice abre espaço para um novo conclave que elegerá o próximo Papa. Até lá, o Vaticano será administrado interinamente pelo camerlengo, cardeal Kevin Farrell. O mundo católico se despede de Jorge Mario Bergoglio com gratidão e esperança, enquanto se prepara para mais um capítulo na história da Igreja.