
PM investigará vídeo publicado pelo 9º Baep de São José do Rio Preto
A Polícia Militar de São Paulo (PM) fará uma investigação sobre um vídeo no qual policiais militares aparecem em frente a uma cruz em chamas e......
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Por CGN

A Polícia Militar de São Paulo (PM) fará uma investigação sobre um vídeo no qual policiais militares aparecem em frente a uma cruz em chamas e erguendo os braços na altura dos ombros, gestos atribuídos à Ku Klux Klan, nos Estados Unidos, e a grupos defensores da supremacia branca, semelhante a grupos nazistas, que chamou a atenção ao vir a público nas redes sociais nesta terça-feira (15).
Na gravação há uma trilha que aparece com sinalizadores vermelhos e com a sigla do Batalhão de Ações Especiais da Polícia ao fundo. O vídeo foi publicado no perfil do Instagram do 9º Baep, de São José do Rio Preto, e retirado após a repercussão.
A PM disse por meio de nota que é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância. Informou que assim que tomou conhecimento das imagens, instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias relativas ao caso.
“A corporação não compactua com desvios de conduta e reforça que qualquer manifestação que contrarie seus valores e princípios será rigorosamente apurada e os envolvidos responsabilizados”, diz a nota.
Para o advogado especialista em segurança pública e direitos humanos e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Ariel de Castro Alves, as imagens de fato remetem a fatos terríveis da história mundial, como o Nazismo na Alemanha e a atuação do Ku Klux Klan nos Estados Unidos.
“Símbolos que não condizem com a atuação policial, que deveria visar a proteção da sociedade e o combate à qualquer forma de discriminação, racismo, intolerância e violações de direitos humanos”, afirmou.
Na opinião de Ariel, todos os envolvidos no treinamento e o comandante do batalhão deveriam ser afastados enquanto o caso é apurado.
O advogado disse que apesar dos discursos e notas oficiais da corporação, é sabido que os treinamentos da PM e, principalmente, dos chamados batalhões de elite, são marcados por cantos e práticas de incitação e apologia a crimes e violência.
“Esse tipo de formação das polícias, principalmente militares, desde a escravidão e da ditadura militar, influi nos altíssimos índices de violência, letalidade policial e práticas racistas”, afirma.
“Os Baep atualmente são as tropas mais envolvidas em situações de violência e letalidade em São Paulo, atuando de forma similar à Rota. Esses fatos de agora não são isolados e sim estão inseridos numa conjuntura de escalada de violência policial em São Paulo nos últimos 2 anos”.
Fonte: Agência Brasil
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